segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Análise: JUSTICEIRO Vol. 4 (Panini Comics)



Esta edição do Justiceiro Vol.4 contém 156 páginas e fecham o ciclo de Greg Rucka com a mini série lançada Punisher: War-Zone ou Zona de Guerra e por fim uma história de duas partes de Marc Guggenheim ( Arrow, Flash, Squadron Sinister, X-Tinction) "O Julgamento de Frank Castle".

Sem dúvida alguma este será na minha opinião o melhor volume lançado pela Panini desta colecção inicial de 5 volumes, não só pela narrativa, como pela arte de ambas as histórias e pelo grau de entertenimento.





 ZONA DE GUERRA

Comecemos pela Zona de Guerra, aqui estão as capas dos 5 capítulos desta saga, as capas estão em inglês para melhor qualidade de visualização. 
As capas foram desenhadas por Marco Chechetto que desta vez, não fez a arte interior (infelizmente) deste arco.




 

 



Como é lógico nada do que se vê graficamente nas capas não corresponde há realidade... Esta Zona De Guerra não tem nada a ver com o que vemos no Punisher Kills Marvel Universe. Que deve ser visto como uma paródia e nada mais.
 
Greg Rucka teve um papel preponderante ao escrever esta história levando a sério cada um dos personagens intervenientes e especialmente mantendo o Justiceiro fiél ás suas capacidades, sem exageros ou diminuindo a capacidade dos Vingadores em lidar com o mesmo. 

Greg Rucka mostra nos um Frank Castle, calculista e tacticamente brilhante no campo de batalha, usando os elementos a volta em seu favor na hora de lidar com os Vingadores, com a excepção de Thor.
 
Homem-Aranha, Viúva Negra e Homem de Ferro passam um mau bocado em lidar com o Justiceiro. O Homem Aranha porque se deixa levar pelas emoções por causa do seu lançador de teias roubado pelo Frank e o Stark porque menospreza o Frank, denominando-o como apenas um homem sem poderes e com armas.

Logan é o único que sabe a ameaça que ele representa e de alguma forma compreende a cruzada do Justiceiro mas fica de fora.

No número 3 deparamos com o excelente o diálogo entre Thor e Frank, definitivamente um dos pontos altos deste arco. Memorável.

Este arco é sem dúvida o mais mexido da saga em termos de acção e desenvolvimento, visto que Rucka teve de o "acabar" a pressa, pois a Marvel tinha cancelado os planos do escritor para o personagem.

A arte de Carmine Di Giadomenico é bastante interessante e com um traço semelhante a Marco Chechetto. Por vezes na acção, vê se os personagens com uma anatomia fora do "normal" (por ex. o Frank levantar a arma estilo gangster) mas não é nada que prejudique a acção em si ou a história. Apenas acontece uma ou duas vezes.

Altamente recomendável, não só este arco como tudo o que Greg Rucka fez pelo personagem ao longo dos 16 números mais estes 5 da Zona de Guerra. 

O Julgamento de Frank Castle 

 






















Esta não é a história típica do Justiceiro repleta de acção e corpos inanimados...

A acção é passada na sala de audiências com advogados, testemunhas, alguns flashbacks e um plano previamente delineado por ele quando se entregou na esquadra com o corpo do procurador de justiça.

Marc Guggenheim tem alguma experiência como advogado na vida real e o mesmo aplica os seus conhecimentos nesta história.

O Frank Castle já esteve muitas vezes na prisão, mas numa sala de audiências apenas em Spectacular Spider-Man #83 há 33 anos e a própria história não está tão completa como esta obra de Guggenheim.

Na arte no primeiro número temos Francis Leinil Yu, com um excelente traço e bem detalhado.

No segundo número a arte de Mico Suayan que também esta dentro do género de Leinil Yu mas talvez um pouco mais ocidental nas expressões faciais.  

Para os fãs do Justiceiro de Garth Ennis poderão achar esta história um pouco parada, não sendo das minhas histórias favoritas, é sem dúvida, uma abordagem diferente ao personagem mas com todos os mecanismos de "preparação" para atingir os seus objectivos, mas de uma forma diferente do habitual. Não com armamento, mas com inteligência.
 
Podemos contar com a presença de outro herói Marvel que também está habituado a tribunais, não será muito dificil saber quem é. 

Para os seguidores da série Law & Order poderão achar este arco bastante interessante.


Avaliação do Volume 4: 9.5 / 10












sábado, 28 de novembro de 2015

Análise: JUSTICEIRO VOL.3 (Panini Comics)

Esta edição do Volume 3 do Justiceiro trás nos 180 páginas com os números 11 ao 16 e uma edição do Bullseye: Perfect Game com os números 1 e 2. Esta decisão da Panini em incluir esta edição do Mercenário é estranha, pois não conta com nenhuma aparição do Justiceiro ou algo que seja relevante para o personagem (Justiceiro).

Este 3º volume marca o fim do arco principal de Greg Rucka, faltando a mini série "Zona De Guerra" para ser revista no volume 4, também por Greg Rucka para fechar a sua história.

Após o Efeito Omega revisto no Vol. 2, este Vol.3 marca o assalto final ao Câmbio com excelentes cenas de acção e pormenores deliciosos de organização de combate entre Rachel e Frank.
 
Temos também um acréscimo substancial de drama entre os personagens secundários, Greg Rucka explora em pormenor o que se passa  na cabeça de Rachel e também a sua falta de experiência e  capacidade para seguir as pisadas de Frank, ou melhor, ser tão boa como ele naquilo que faz, eliminar criminosos e manter o mesmo registo psicológico, sem quebras.
 
Vemos Frank como tutor e com uma quebra psicológica de Rachel, podemos ver o confronto físico entre os dois. Excelente diálogo entre os personagens. Provavelmente o volume que Frank mais falou.

Rucka não se esqueceu de Bolt e Clemmons, ambos os personagens são bem "descodificados" para o leitor.

O final deste arco é um tanto surpreendente, mas aceitável para o que aí vem no vol.4.

Este volume foi brindado com a arte de Marco Chechetto e Mirko Colak. São artes bastante diferentes uma da outra, mas não se perdeu o ambiente "negro" por todo o volume.

Só faltou a Panini ter inserido nesta colecção o one-shot da história Spider-Island - I Love New York com o Justiceiro... Uma história muito simples, mas que descreve o Justiceiro na perfeição, também escrita por Greg Rucka.



Classificação Geral: 8 / 10








segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Análise: JUSTICEIRO VOL.2 (Panini Comics)

Passados alguns meses desde a primeira análise desta colecção (VOL.1) irei tentar fazer as análises que faltam o mais rápido possivel para poderem estar actualizados.

Tal como o volume anterior, este também possui 148 páginas com as edições do Punisher #6-10, Daredevil #11 e Avenging Spider-Man #6.

Após a luta brutal de Punisher contra o Vulture, o Punisher não se livrou de ferimentos graves que o obrigaram a manter-se escondido com uma recuperação de 4 meses enquanto a organização Exchange (Câmbio) se organizava para tomar conta do crime em Nova Iorque.

Greg Rucka mostra nos neste volume os primeiros passos da vingança de Rachel Cole-Alves e um pouco mais de como pensa o inspector Clemons que já tem um passado com Frank e onde este investiga os assasinatos em massa ao longo deste volume.
Muito interessante também a ligação entre Clemons e o seu parceiro Bolt, especialmente quando Clemons sabe que Bolt passa informações de todos os passos da investigação da polícia.
 

Rucka é conhecido por criar personagens secundários com muita personalidade e basicamente é nos comprovado através deste volume com Cole-Alves, Clemons e Bolt.

Capa Avenging Spider-Man #6

Como uma boa história do Punisher temos um imenso banho de sangue proporcionado por ele e Cole-Alves nos ataques há Exchange, a relação entre ambos é explorada por Rucka de forma brilhante, sem nada romantico entre ambos, mas sim pura camaradagem. Cole-Alves é claramente a "rookie" desta equipa mas o seu foco em eliminar a Exchange é inabalável por vezes cegando-a dos objectivos principais.

O ponto alto deste volume é a parceria de Punisher, Cole-Alves, Spider-Man e Daredevil na protecção do OmegaDrive.
O OmegaDrive é um dispositivo que contém informações das principais organizações criminosas a operar no universo Marvel como a AIM, Hydra, etc...

Rucka explora muito bem as diferenças ideológicas de combate ao crime de Daredevil e Spider-Man em relação ao Punisher.

A arte de Chechetto é um regalo, e sem dúvida um dos melhores artistas dos últimos tempos que vi trabalharem no Punisher.


Classificação geral:  9 / 10
   

domingo, 22 de novembro de 2015

Notícias: Daredevil - O Punisher vai impressionar os fãs!



Segundo o site da IGN, contactaram o chefe creativo da Marvel, Joe Quesada acerca do futuro de Frank Castle na série de Daredevil e sobre a possibilidade de uma série a solo.

Quesada disse:  "Nós gostaríamos que algo acontecesse, mas é muito cedo para falarmos, nós não gostamos de discutir os moldes deste tipo de decisões".

 

"O que posso dizer é que os fãs "hardcore" do Punisher irão ficar impressionados com a representação de Jon Bernthal, é um daqueles casos que o personagem saltou das páginas das comics para a realidade".

-Quesada







Ainda não estou entusiasmado mas ficarei a aguardar pela temporada do Daredevil e ver com os meus próprios olhos se, irá ser um Punisher memorável ou não.


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Análise: Justiceiro MAX: Rei do Crime


Este mês a Panini lançou para o mercado português um livro de capa dura do Justiceiro MAX, escrito por Jason Aaron e Steve Dillon na arte.

Livro este de excelente qualidade com uma capa bastante boa e qualidade do papel muito superior ao que estamos habituados no mercado português.



A tradução está boa, apenas com duas ou três palavras/frases com gíria do Brasil. Nada que seja demasiado relevante para os leitores habituados a ler BD importada do Brasil especialmente em 124 páginas.



Quanto ao livro em si, é um livro que faz jus a marca "MAX", com muita violência e linguagem forte como nos foi habituando ao longo dos anos.

Jason Aaron continua o legado de Garth Ennis para a derradeira saga do Justiceiro sob o manto MAX.
 

Os chefes das familias mafiosas mais poderosas planeiam eliminar o Justiceiro através da criação de um personagem fictício chamado "Rei do Crime", que será uma armadilha montada para distrair o Justiceiro e eliminá-lo. 
Para isso usam o Wilson Fisk, guarda costas de Rigoletto, para interpretar este suposto "Rei do Crime".

Este primeiro volume é muito focado em Fisk e na sua ascenção como "Rei do Crime", onde o escritor nos mostra situações traumáticas do passado do personagem e mostrando-nos as suas motivações e tudo o que está disposto a sacrificar da sua vida pessoal por este estatuto de "Rei do Crime".

O Justiceiro bastante activo, tortura e executa todos no seu caminho, procurando informações sobre este suposto "Rei do Crime".


Steve Dillon tem uma arte inconfundível, odiado por muitos e amado por outros tantos. As cenas de violência desenhadas por ele são impressionantes.

As cores de Hollingsworth dão um "empurrão" extra para a qualidade "questionável" de Dillon.


Este livro é aconselhado a todos os que gostam de uma boa história de acção, violencia e provavelmente para todos os que amam o clássico "Scarface" de Al Pacino.
Não que seja uma história idêntica mas sim, pelo facto de ser a ascenção de um criminoso que começou do nada e que quer chegar ao topo.

Fiquei muito supreendido por este lançamento da Panini para o nosso mercado e espero que continuem a lançar a continuação desta saga, dita por muitos como a "derradeira" história do Justiceiro.



PONTUAÇÃO: 8 / 10