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quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

[Análise] JUSTICEIRO Vol.13 #8 (2022)

 



JUSTICEIRO #8 chegou ao mercado americano em Dezembro, com Jason Aaron a moldar o personagem à sua imagem e encaminhá-lo no caminho do Punho da Besta.

Será que encaminhar o personagem por este caminho mau de todo? Bem, talvez para todos aqueles que estejam a conhecer o personagem seja algo de agradável, mas não para os fãs de longa data. Esses fãs querem ler/ver histórias sobre o crime e com o Justiceiro a caçar criminosos nas ruas.


Jason Aaron continua a explorar o passado de Frank e o relacionamento com Maria sendo esse tema um dos principais temas desta história especialmente este último arco, o ponto de vista de Maria em relação a Frank é predominante. Mais um vez, perde-se demasiado tempo com o mesmo tema de sempre de como Frank teve dificuldades de se adaptar ao "pós-guerra", como marido e como pai.

Este número presenteou-nos do despertar de novos poderes do Frank, super força e regeneração, onde temos a possibilidade de ver uma demonstração dos poderes de Frank numa luta desarmada contra multiplos criminosos armados. A jornada de Frank como "Punho da Besta" está perto da conclusão, para isso terá de derrotar Ares o Deus da Guerra, que está às portas da cidadela do Tentáculo pronto para o enfrentar com cenas de apóstolos.


 

Arte

A arte tem sido para mim o ponto mais alto desta saga, não sendo a típica história que procuro no Justiceiro, este tem sido sem dúvida um dos grandes aspectos que me tem prendido a esta história. 

Desde a arte belíssima de Jesús Saiz que retrata os eventos do presente, como os flashbacks de Paul Azaceta, ambos os artistas se complementam na perfeição para o tipo de história. 





Como disse acima, esta história não é para os fãs do Justiceiro que procuram histórias de crime, mas sim para quem aprecia banda desenhada e está disposto a abstrair se do conceito original do Justiceiro. Tal como acredito, que Jason Aaron e a Marvel não quiseram de forma alguma fazer mais uma história do Justiceiro que conhecemos. Está representou a oportunidade ideal para mudar alguns aspectos que podem ser sensíveis para a Marvel.


Pontuação final: 7 / 10









terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Análise: The Punisher #7 (2016)

Punisher #7 será marcado como as últimas páginas de Steve Dillon. Steve desenhou 5 páginas deste número e Matt Horak fez a sua estreia nesta saga e tendo concluído o resto das páginas deste número.




Este número não teve um adiantamento significativo em termos no enredo, tendo mesmo sido um "filler". A saga não perdeu potencial, mas Becky Cloonan não mostrou a qualidade que nos habituou até aqui,
Continuamos sem ver muito de Olaf (irá acontecer no próximo número) e sem sabermos muito sobre Condor.
Face, o grande vilão até ao momento desta saga, continua "a monte" desde o número 5, já está mais que na hora de Face desaparecer por todo o rasto de vítimas que já fez.
Para além de não me parecer oferecer muito mais do que o já vimos até aqui.


Por outro lado Becky Cloonan e Matt Horak criaram uma das melhores cenas de luta de bar que alguma vez li num comic, onde Frank luta contra os membros de Condor com bastantes cenas de acção e violência extrema como já fomos habituados.



A arte deste comic, como disse anteriormente, está dividida entre dois artistas, Dillon and Horak. Dillon apenas fez cinco páginas, mas ao ver o seu trabalho novamente deu me realmente um prazer e um sentimento nostálgico muito forte. Nem sempre fui um grande fã do seu trabalho, especialmente em PunisherMAX e nos Thunderbolts, mas nunca me cansei de elogiar como refinou o seu traço para esta saga. 



Matt Horak fez um bom trabalho, confesso que da primeira vez não fiquei impressionado, mas depois de me habituar á sua arte pareceu me muito agradável. Não conheço bem o traço de Horak, mas pareceu me ter tentado ajustar a sua arte há de Dillon. 


Pessoalmente, penso que não será a melhor aposta para os próximos números, apesar de perceber que as páginas de Dillon já estavam concluidas e Horak teria de ajustar a sua arte á de Dillon.

A capa de Declan Shalvey e Jordie Bellaire, foi outra obra de arte que esta equipa creativa nos habituou desde o inicio desta nova saga do Punisher. Seria perfeito se tivessem lançado esta capa no numero 5. Teria mais contexto na minha opinião.





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Pontos Positivos:

-Excelentes cenas de acção no bar;
-Arte de Horak muito agradável.
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Pontos Negativos:

-Falta de desenvolvimento do enredo;
-O vilão desta saga ( Face) não mostra nada de novo;
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Pontuação Geral: 7 / 10



sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Análise: Doctor Strange / The Punisher: Magic Bullets #1 & #2

Vamos então iniciar as duas últimas análises dos comics do Punisher em falta! 

Doctor Strange / The Punisher: Magic Bullets, outra mini-série para juntar á Daredevil / Punisher; 7th Circle na já habitual Infinite Comics ( Comics digitais, com panéis animados para serem lidas nos dispositivos moveis como tablets e smartphones).


(E) John Barber / (A) Andrea Broccardo
(C) Andres Mossa
Estes personagens já fizeram dupla por diversas ocasiões. 

Uma delas no extinto livro dos Defenders (Defensores) dos anos 90 e mais recentemente em "Original Sin" (Pecado Original). Apesar das diferenças de ambos os personagens, os escritores sempre conseguiram que esta dupla funcionasse.

Este primeiro número divide-se em duas partes. A parte do Punisher e a outra do Doctor Strange. Esta divisão serve de base para apresentação dos personagens e do seu "modus operandi".

A parte do Punisher é repleta de acção, onde vemos o personagem atacar um restaurante cheio de "mafiosos" e onde a escrita e a arte estão em perfeita sintonia.
É claro que este restaurante não é um restaurante qualquer, e serão daí que virão os problemas de maior que irá fazer Frank pedir a ajudar do Doctor Strange.



É de salientar o prazer que foi ler esta versão em "Infinite Comics" onde os painéis ganham vida e os próprios personagens intervenientes na estória também.


John Barber escreveu um argumento bastante simples, mas muito eficaz. Porém, achei o Frank demasiado"falador" para o habitual. Mas nada que possa prejudicar esta comic. Este número deixou algumas pontas soltas que irão ser desvendadas na próxima edição.
Os painéis de acção estão muito bem construídos e realmente nota-se uma boa dinâmica entre a arte e a escrita.

A arte de Andrea Broccardo é muito interessante. Os personagens têm expressões muito vincadas e a sua arte bastante detalhada.

As cores de Andres Mossa foram uma decepção. Esta mini-série deveria ser mais "escura", até mesmo pelo tema ser sobrenatural.
Na minha opinião a arte em geral e a própria mini-série ganhavam mais com isso.




Conclusão: É uma saga que tem as suas lacunas, mas nada que me tenha tirado o interesse em continuar a ler esta aventura do Punisher pelo mundo sobrenatural do universo Marvel.
A arte em geral é boa, excelentes painéis de acção e claro uma narrativa muito decente.

Pontuação Geral: 7 / 10 






(E) John Barber / (A) Andrea Broccardo /
(C) Andrew Crossley

No último número Frank foi pedir ajuda ao Doctor Strange para o ajudar a lidar com as monstros demoníacos que encontrou no restaurante dos mafiosos Fusillis.

Na maior parte deste número, o Frank tenta convencer o Doctor Strange para o ajudar, mas Strange mostra (estranhamente) um pouco de resistência ao pedido de Frank.

Após o rescaldo do ataque de Frank, as atenções viram-se para os irmãos Fusilli, ainda vivos, contratam os serviços de Mangrove, mais conhecido por Doctor Hurt.
Ficamos a saber que o restaurante reúne particularidades sobrenaturais nomeadamente a atracção de bestialidades demoníacas.
Mangrove, encontra-se no restaurante por um motivo, transferir o poder desses seres demoníacos para os irmãos.


A partir deste momento e como era de esperar, volto a lembrar que este tipo de "temas" são areia demais para o Frank e mais a "praia" do Doctor Strange.
No entanto vou continuar a seguir esta estória para ver como John Barber cria condições para o Frank ter o seu próprio espaço nesta obra sobrenatural.

Neste número, John Barber aproveitou para explorar um pouco mais do argumento desta mini-série e dedicar-se um pouco aos vilões.
A última página deixa bons indícios para vermos o Strange e o Castle juntos para combater essas bestas sobrenaturais no próximo número.

Andrea Broccardo, continua a manter a qualidade do número anterior. O único problema continua a ser referente ás cores desta saga. Demasiado coloridas para o meu gosto, quando acho que o tema é "negro" o suficiente para termos uns tons mais escuros. Neste campo Andrew Crossley poderia ter melhorado.

Gostei bastante da capa deste número. Apesar da simplicidade, o "mashup" entre o olho de agamoto e a caveira do Punisher funcionaram muito bem.

Conclusão: John Barber e Andrea Broccardo continuam a entreter nesta mini-série. O cerco começa a apertar e veremos como vai esta equipa criativa por o Frank ao nível do Strange para lidar com este tipo de ameaça sobrenatural. no próximo número já vamos ter uma percepção.



Pontuação Geral: 7.0 / 10

- Ivo Santos |  @ivomgs






terça-feira, 29 de novembro de 2016

Análise: Punisher Anual 01 & A Year of Marvels (Novembro #01)





Mais uma senda de análises em falta... Já se começa a ver o "fundo". 
Aqui estão duas histórias distintas em qualidade. Uma escrita pelo lendário Gerry Conway ( co-criador do Punisher) e outra por Elliot e Todd Casey.



(E) Gerry Conway / (A) Felix Ruiz /
(C) Lee Loughridge
Vinte cinco anos passaram desde que Gerry Conway escreveu uma estória do Punisher. A última foi em formato "one-shot" chamado "Bloodlines".

Gerry Conway é daqueles escritores que consegue contar uma estória em modo "ponto de vista" por outros personagens, sem que o personagem principal fique para segundo plano. Afinal de contas, este é o seu livro.


Este número fala-nos de um agente policial á procura de vingança. Mas totalmente dividido entre a lei e a justiça pelas próprias mãos.
Mamdouh vigia o Punisher, ao longo do extermínio de alguns gangues relacionados com a "sua" vingança. 

O momento alto desta estória é quando ambos os personagens Mamdouh e o Punisher se cruzam. E onde uma decisão sem retorno terá de ser tomada.




É aqui que o melhor de Gerry Conway entra em acção e se vê que o co-criador do Punisher conhece o seu personagem melhor que ninguém, e onde muito poucos conseguem escrever como ele.

A arte de Felix Ruiz, deixou me um pouco dividido. Nas primeiras páginas parece me um tanto ou quanto "rascunho", mas á medida que vamos lendo, denota-se uma melhoria na arte de Felix. Existem pormenores que fazem com alguns artistas tenham ou não "bagagem" militar. E Felix, "mete os pés" nas últimas páginas quando faz o Frank disparar com a arma de lado.
Sr. Felix, o Frank não é nenhum gangster.

As cores de Lee Loughridge ajudaram e muito a arte de Felix, que sem ele, a arte  deste anual poderia ter sido um desastre.

A capa de Rahzzaa, é simplesmente belíssima. Com clara alusão ao Halloween e umas cores muito realistas. Com tom negro, tal e qual como é retratado o anual. Sem dúvida uma das melhores capas do ano no universo do Punisher.


Conclusão: Foi genial ver que Gerry Conway continua sem perder o "jeito" e sem esquecer o rumo que o personagem tem de ter numa estória. 
Correspondeu totalmente ás minhas expectactivas e tornou este anual até ao momento, na melhor estória do Punisher este ano. É um essencial!



Pontuação Geral:  9 / 10




(E)Todd & Elliot Casey / (A) Paul Davidson
(C) Lee Loughridge
A Marvel continua a apostar nos Infinite Comics ( comics digitais) no que toca ao Punisher. No inicio do ano tivemos uma miniserie do Daredevil / Punisher ( que acabou por sair em papel), está a decorrer outra miniserie Doctor Strange /Punisher (que também será impressa em papel).
Agora esta estória de "Year of Marvels".


A estória começa com o Frank bastante ferido tentando sobreviver a um "erro de calculo" ao atacar o gangue. As feridas eram profundas e desmaia. Sendo encontrado por uma familia. 
Má sorte para eles, ao tratarem Frank, são atacados na sua própria casa pelos membros do gangue.

O Punisher está desarmado, tem de lutar e proteger a família com o que tem.


Não fosse este um "remake" de várias estórias do Punisher, podíamos ter aqui uma boa leitura. 
Com isto não quero dizer que seja uma má leitura, porque não o é. Simplesmente não trouxe nada de novo para o fã habitual das estórias de Frank Castle.


 Todd e Elliot escreveram uma estória simples. A ligação entre os personagens intervenientes deste número é que me pareceu demasiado forçada e com vários momentos "cliché". Até mesmo com a introdução de elementos que podiam estabelecer uma conexão com Frank, não resultou.


 
Por outro lado, esta narrativa fez me lembrar as estórias de apenas um número que se encontravam entre arcos na década de 80 e 90. Quando ainda os escritores, não se preocupavam em escrever para os lançamentos em encadernados.
A acção é decente, mas com alguns momentos ridículos da parte dos criminosos.



A arte de Paul Davidson é agradável. Especialmente se tirarmos partido do facto de ser "infinite comics" com todas as animações digitais.
Mais uma vez a ajuda preciosa de Lee Loughridge fez com que a arte deste número fosse muito mais apelativa.



Conclusão: No final desta leitura fiquei com a sensação que já a tinha lido em qualquer lado, devido ás semelhanças com outras estórias do Punisher.
Não consegui criar laços ou identificar me com os personagens intervenientes na estória, mesmo com todos os elementos que pudessem ajudar a estabelecer alguma conexão com Frank, no meu ponto de vista não resultaram.


Fiquei com a sensação que esta estória foi demasiado apressada para o final.


Pontuação geral: 5.5 / 10

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Análise: Punisher #5 & #6




Becky Cloonan, Steve Dillon. Steve Dillon,
Frank Martin, Declan Shalvey e Jordie Bellaire   
Já fazia algum tempo que não me entretia tanto com uma BD do Punisher. Cloonan e Dillon fornecem muita acção e violência para satisfazer o "fanboy" que existe em mim.


Frank continua a destruir a organização de Condor que está a produzir a droga EMC. Frank acaba a sua pista num asilo onde encontra Ortiz, que por sua vez, descobre que o seu parceiro Henderson foi capturado por Face. Frank e Ortiz unem-se para desmantelar a organização de Condor. A cereja no topo do bolo é que o asilo está cheio de dementes drogados pela "super" EMC.



Becky Cloonan fez um excelente trabalho neste número. Cloonan não complica na sua escrita. O Punisher não é um personagem complexo em termos literários e Cloonan sabe disso.

Outro ponto que merece ser mencionado é a falta do habitual monólogo interno do Punisher. Mas como este número teve acção de cortar a respiração, pessoalmente, não senti a falta.



A arte de Steve Dillon neste número é impressionante devido há maior exigência e dinâmica da própria história. Podemos ver painéis muito bem desenhados e muita violência nas cenas de acção que o próprio Dillon nos acostumou durante tantos anos. Tive momentos em que pensei que estava a ler uma história do universo MAX em vez do universo regular da Marvel.



Frank Martin foi uma ajuda preciosa há arte de Dillon. As suas cores deram muita vida aos painéis de Dillon. Especialmente nas partes com maior envolvimento de cor.



Declan Shalvey e Jordie Bellaire foram os criadores desta capa, e apesar de  não  corresponder ao que se passa na história, esta dupla já nos mostrou grande qualidade nas capas que produz.





PONTUAÇÃO GERAL: 8.5 / 10




(W) Becky Cloonan / (A) Steve Dillon /
(C) Frank Martin
Este número será recordado com grande pesar. Infelizmente, este foi o último número de Steve Dillon em vida. Um artista ainda jovem que deu muito ao universo da banda desenhada. Mais para a frente irei dedicar um tributo ao seu trabalho.

Depois do último número ter sido frenético com acção do principio ao fim, este, mais virado para o desenvolvimento da história onde o passado de Frank como "marine" é explorado onde vemos Olaf e como as suas vidas se cruzaram com mercenários pertencentes a Condor. Um dos responsáveis pela criação da droga EMC.
Por outro lado temos a Agente Ortiz a lidar com a morte do seu falecido parceiro e 

Becky Cloonan esteve bem em contar um pouco do enredo em torno das operações de Condor.
Também ficamos a saber um pouco do lado humano de Frank Castle enquanto "marine" e  como era honrado e justo.

Na parte creativa Steve Dillon mais uma vez fez um excelente trabalho, desta vez não tendo um trabalho tão exigente como no último número, contudo, manteve-se fiél ao que nos tem habituado até aqui.
A última página foi simplesmente fenomenal, juntamente com a ajuda das cores de Frank Martin, tornaram numa das páginas mais épicas até aqui. (ver ao lado)

Declan Shalvey e Jordie Bellaire fizeram um bom trabalho com a capa deste número. Desta vez a capa acerta no conteúdo da próprio livro. Graficamente nada apontar a esta dupla de artistas que continua a dar cartas nesta saga do Punisher.

Conclusão: Esta saga parece não perder o gás, e continua a manter um bom nível de qualidade. A acção decresceu, mas em prol de um pouco de desenvolvimento da estória desta saga.





Pontuação Geral: 7.5 / 10





segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Análise: Punisher #4 & CWII: Choosing Sides

Vamos então iniciar mais uma análise destes dois títulos que saíram há umas semanas.

Hoje vou fazer a análise do Punisher #4, a saga corrente escrita pela Becky Cloonan e na arte Steve Dillon.

Civil War: Choosing Sides #4: tem uma breve história do Punisher (cerca de 11 páginas) e onde marca a primeira aparição num livro deste novo evento Civil War II.

O escritor desta pequena história é Chuck Brown e na arte Chris Visions.
Ambas as capas são do desenhador Declan Shalvey.



Becky Cloonan / Steve Dillon / Declan Shalvey/ Steve Martin

Se pudesse atribuir um título a este número daria... "A Alta Velocidade". 
Velocidade é um constante neste número. Toda a acção é passada na estrada e na "Battlevan" (Carrinha de combate) do Punisher que transporta Juniper a pequena passageira salva pelo Punisher do seu pai psicótico.
Grandes cenas de perseguição que parece que foram adaptadas do filme de Mad Max, uma carrinha estilo "tanque" equipada com picos, com um bando de lunáticos drogados pela EMC e liderados pelo Face.
Este número marca a última aparição de Juniper, que revela ser uma ajuda importante para o Punisher nesta perseguição.

A DEA, está muito mais activa neste número. A agente Ortiz e  Henderson estão cada vez mais perto do Frank. Inclusive participam activamente nesta perseguição que acaba por ficar fora do controlo nas últimas páginas deste titulo levando a agente Ortiz há loucura.

Becky Cloonan continua a manter a fasquia alta. E apesar de não haver grande desenvolvimento em termos de enredo a acção é bastante sólida.
Temos algumas palavras entre Frank e Juniper durante a perseguição onde Becky aproveitou para explorar um pouco mais do que resta da humanidade de Frank.
Foi interessante ver como as coisas não estão a correr bem para a agente Ortiz e como tudo está tomar um rumo pessoal.

A arte de Steve Dillon é fantástica. Desde as perseguições, a acção e o humor adicionado a cada painel tornou esta "viagem" muito mais engraçada.
Não nos podemos esquecer das cores de Steve Martin, que ajudaram e muito a arte de Dillon. De realçar o seu trabalho nas explosões que as turnou dignas de um filme de Michael Bay.

Declan Shalvey continua o seu trabalho fantástico nas capas desta saga do Punisher, a capa deste número tem tudo aquilo que se espera neste número. Nem se trata aqui o caso de capas "enganadoras" como as vezes se vê por ai.

Nota final: Depois da saga de Greg Rucka, é sempre bom voltar a ver uma boa consistência na história e no Punisher. Esta equipa creativa está muito bem entrosada e o editor Jake Thomas está de parabéns por isso.

Pontuação final: 8 / 10



Chuck Brown / Chris Visions / Declan Shalvey
Esta não é uma história complicada, até pelo contrário, é uma história típica do Punisher. Sem complicações e com bastantes mortes.

Esta história fez me lembrar "Tingling" escrita por Greg Rucka durante o evento de Spider-Island. É sempre um regalo ler estas histórias curtas que terminam após um número.

A história é muito simples: Um grupo de ladrões tentam roubar um vírus letal de um laboratório.

Chuck Brown fez um bom trabalho (defensivo) ao utilizar o Punisher como "força da natureza". Até metade desta história temos o desenvolvimento dos ladrões até chegarem ao vírus, só então depois temos o Punisher em acção.
Não tira de todo o bom trabalho que fez em dar alguma atenção aos ladrões para depois nos mostrar as medidas do Punisher contra eles.

Sangrento e letal. Duas palavras para descrever como o Punisher combateu estes ladrões em pleno laboratório.

A arte de Chris Visions não das melhores que já vi. Pessoalmente não sou muito fã, no entanto não será de todo o que irá estragar esta história, mas também não irá realçar, Sem dúvida de que não é para o gosto de toda a gente.

Gostei de dois pormenores nesta história, o Punisher tem bastantes semelhanças com Jon Bernthal que representou o Frank Castle ( Punisher) na 2ª temporada do Daredevil.


Depois um pequeno "easter egg" no topo da lista a dar mais ênfase há semelhança do personagem.

One Batch, Two Batch. Penny and Dime.

Declan Shalvey mais um vez em foco pela excelente capa que criou. Talvez a melhor contando já com as capas até ao momento para a saga do Punisher. 

Nota Final: Gostei do trabalho de Chuck Brown, nada de muito fantástico mas bom o suficiente para entreter um velho fã do Punisher.
A arte não ajudou muito, mas confesso que com o tempo deixei de ligar a pormenores.

Pontuação Final : 7.5 / 10



Ivo Santos |  @ivomgs














quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Análise: Justiceiro #3 (2016) De Becky Cloonan e Steve Dillon


Após os eventos da revista passada, o Punisher continua a por fim há organização e a todos os seus intervenientes que fazem a distribuição da droga EMC.

Até ao momento este é o melhor número. Com base no enredo e na própria acção. 

O enredo avança e Face está a recrutar soldados para testar a nova droga EMC2, que é ainda mais eficaz que a original.

Neste número vemos Frank deixando pistas para a DEA como se estivesse a fazer o jogo do gato e do rato. Até ao momento ele está uns passos a frente da investigação levada a cabo pelos agentes Ortiz e Henderson.


Becky Cloonan já nos habituou a termos muita acção na sua história, este número não desilude, até pelo contrário é ainda mais surpreendente.
O Justiceiro faz um ataque directo a um dos laboratórios que desenvolvem a EMC, que é guardada por alguns lacaios de Josiah, o homem que armou a sua filha com uma bomba para servir de último reduto para atacar o Frank caso o resto falhe.



Neste número, Becky Cloonan explora um pouco da humanidade de Frank Castle quando ele interaje com a filha de Josiah, pela fisionomia da personagem, assemelha-se muito com Lisa Castle, a falecida filha de Frank.
Será interessante ver o Frank interagir com a pequena rapariga.





Um dos pontos altos deste número foi o regresso da Battlevan! Passaram-se muitos anos sem podermos ver a carrinha mais artilhada e bem equipada no universo Marvel.



O desenhista Steve Dillon continua a garantir altos índices de qualidade superando tudo o que já vi que foi trabalhado por ele até ao momento. A sua arte está muito mais refinada, se compararmos com os Thunderbolts e Justiceiro MAX de Aaron.

A ajuda de Frank Martin a colorir esta saga tem ajudado bastante a arte de Dillon, esta parceria está a ser um sucesso até ao momento.


Declan Shalvey o desenhista das capas desta saga, mais uma vez está de parabéns pela forma artística de como concebeu a capa deste número.






A capa variante deste número é fantástica e foi criada pela própria escritora Becky Cloonan, que não só escreve, como também é uma desenhista bastante talentosa.


Capa variante de Becky Cloonan

Com três número lançados até agora, tem sido uma viagem muito agradável. Becky Cloonan não complica. A história é simples e repleta de acção com muitos corpos a tombar há passagem do "furacão" Frank Castle.
A arte de Dillon melhor que nunca e, é tudo o que precisamos para ter uma história de qualidade. Vamos esperar para ver se esta equipa creativa consegue manter este nível. Esperemos que sim.



PONTUAÇÃO GERAL: 8 / 10


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Análise: Punisher #2 (2016)



Capa por Declan Shalvey

O Punisher continua a caçar a organização criminosa responsável pela distribuição da droga EMC, droga essa que para os seus consumidores aumenta os reflexos, força e insensibilidade a dor. 


Esta é a típica história do Punisher. Aparentemente tem um enredo bastante simples, o que até ao momento parece ajustado. Ao contrário de sagas anteriores, com enredos complexos e com a adição de novos personagens, tiraram um pouco o personagem principal da ribalta.


Nesta saga, a estrela é o Frank Castle. Não sendo um personagem falador ele basicamente deixa o armamento falar por si. Cenas de acção impressionantes, tiroteios fantásticos e um número alto de mortos por livro que já não via a alguns anos...


O ritmo do enredo é bom, e longe de ser aborrecido. Para um número 2 a qualidade está razoavelmente boa.

Para já, Becky Cloonan não se está a aventurar a expor a psicologia de Frank. Continuamos sem ter os habituais monólogos internos e pelo que vi até aqui, duvido que iremos ter durante esta saga.

Becky Cloonan sabe que a simplicidade é a chave para o sucesso. Mas espero que não se mantenha muito simples por muito tempo. Acredito que não, especialmente depois do final deste número, problemas não vão faltar ao Frank Castle, em especial para lidar com a "ameaça" que nos foi presenteada na última página.

Steve Dillon esteve mais uma vez bem na arte. É Steve Dillon, quem conhece o seu trabalho, sabe qual o seu registo. Desta vez, a arte parece mais cuidada, simplista mas bem desenhada dentro do seu estilo.

A luta entre Frank e Face está muito boa, e todos nós sabemos como Dillon se porta no combate corpo a corpo, desta vez nada foi exagerado o que tornou a luta bastante agradável. Nada que se pareça no que se passou em PunisherMAX do Jason Aaron. Não sou fã do Punisher andar em tiroteios apenas com a t-shirt com a caveira sem qualquer tipo de protecção no peito. 
Mas Dillon, gosta sabe-se lá porquê...



O colorista Frank Martin faz com que a arte de Dillon, não seja tão monótona com as suas cores vívidas com grande destaque aos personagens intervenientes na acção. Sem dúvida que é uma mais valia para esta saga.
No número 1, achei que Frank estava demasiado "bronzeado", mas neste número pareceu me ter menos "bronze".



Declan Shalvey continua a brindar nos com mais uma capa interessante. 
Desconhecia este artista mas tem um enorme talento ao qual gostaria de o ver na arte interior desta saga.


Gostei:

-Enredo com bom ritmo;
-Muita acção com muitos corpos a tombar;


Não Gostei:

-Falta de protecção conveniente no peito do Punisher;
-Demasiadas palavras censuradas, quando o livro já diz que é para maiores.


Mais uma análise feita, até agora estou a apreciar esta nova saga do Punisher de uma forma positiva. Dentro em breve irei publicar um artigo em exclusivo, fiquem atentos na página ou no blog.


-@ivomgs


sábado, 7 de maio de 2016

Análise: Punisher #1 (2016)

Capa de Declan Shalvey

Aqui começa uma nova fase do Punisher na nova Marvel. Titulo composto pela escritora Becky Cloonan, na arte Steve Dillon e nas cores Martin.

A premissa desta saga também me parece interessante não sendo totalmente uma novidade no personagem. Basicamente trata-se de uma nova droga está prestes a circular nas ruas, droga esta que deixa os utilizadores com força sobre-humana estilo super soldado. A D.E.A. está no encalço assim como o Punisher também.

Não conhecia o trabalho de Becky Cloonan como escritora, mas fiquei bastante agradado com o que vi neste primeiro número.
Becky agarrou em dois mundos e uniu-os. É como se estivéssemos a ler a saga de Punisher Max com a saga de Ennis Marvel Knights.

Basicamente o universo de Punisher MAX invade o Universo Prime da Marvel.

Os personagens secundários são interessantes, parte da organização criminosa é apresentada.
Detalhe interessante, um personagem ligado ao passado de Frank é apresentado. 
Olaf é alguém que o conhece bem e está ligado aos USMC onde Frank estava.
Achei o personagem interessante mas ainda não sei de que lado vai estar, se da organização criminosa ou do lado de Frank.

O Frank neste número não diz uma palavra actuando muito como "força da natureza".
Outro ponto a adicionar, não existe o clássico monólogo interno de Frank.
Violência, acção e corpos a tombar perante o furacão Frank Castle, acção muito bem detalhada por Steve Dillon, não esquecendo as cores de Martin que ajudaram imenso em todo o detalhe que Dillon pretendia mostrar aos leitores.

Um ponto alto que ajudou, foi o facto de Dillon não ter usado o mesmo layout de cara para todos os personagens. As últimas obras de Dillon com o Punisher sofreram um pouco com isso. Fosse durante a saga MAX do Aaron ou nos Thunderbolts.

Contudo estamos perante ao que de melhor o Dillon nos pode oferecer na minha humilde opinião.

Becky Cloonan mostra nos uma escrita sólida e não arriscando muito na psicologia de Frank, através dos seus monólogos. 
Uma abordagem muito há "Greg Rucka" que se tornou uma excelente saga e uma das favoritas dos fãs.
Para os mais cépticos relativamente ao ser uma escritora, têm aqui uma prova neste número que os bons escritores, escrevem sobre qualquer personagem, seja homem ou mulher.

Fiquei muito agradado com este inicio de saga, espero que mantenham o ritmo ou que melhore ainda mais.

Gostei do Punisher "demolidor" e exterminador. A violência foi o suficiente e a introdução de Olaf foi muito boa.

Steve Dillon com uma arte muito consistente ajudado por Martin nas cores.
 
Declan Shalvey será o homem que irá fazer as capas desta saga e achei uma capa bastante original ao que estou habituado nas comics do Punisher.
 

Avaliação Geral: 8/10