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quinta-feira, 16 de março de 2023

[Análise] JUSTICEIRO: Diário de Guerra - Base 1





Análise


Neste último capítulo do Diário de Guerra a escritora dividiu a história em duas partes. A primeira parte da história onde teve foco na relação de Maria e Frank, e nas dificuldades que Frank teve para se adaptar à vida civil e a segunda parte onde realmente vemos o Frank em acção, mostrando que apesar de se esforçar por ter uma vida "normal", a outra parte de Frank Castle sedenta de acção tomou conta dele.


Esta questão da terapia de casal é um assunto demasiadamente explorado nesta saga. Jason Aaron, já fez menções mais que suficientes na saga principal mencionando este problema, mas aparentemente a Disney parece preocupada em reforçar este detalhe junto dos leitores.

Na primeira parte deste livro, a acção é lenta, onde vemos muita interação de Frank com Maria e seus vizinhos.
A segunda parte desta história é onde realmente a acção começa, especialmente contando com a presença de um gangue mafioso que os leitores do Justiceiro já conhecem... os Gnuccis!
Aparentemente os Gnuccis cruzaram-se no caminho de Frank muito antes da história de Garth Ennis acontecer em meados dos anos 2000, no arco "Bem-Vindo de Volta, Frank". E será aqui que Torunn explora o lado "anti-herói" de Frank que se depara com movimentações suspeitas numa casa na sua vizinhança.



Muita acção e luta de corpo a corpo que poderia servir de introdução a uma prequela do "Ano Um", onde Frank ataca o gangue para salvar pessoas presas em cativeiro pelos Gnuccis.


Realmente esta foi a parte que para mim "salvou" esta edição e que se fez parecer com uma banda desenhada do Justiceiro. 

Arte

Djibril Morissette-Phan foi um artista muito competente nesta história. Não fiquei surpreendido com alguns painéis onde fazia um close-up as faces dos personagens, mas de um modo geral captou bem o estilo desta história. As cenas de acção e a dinamica entre painéis está razoavelmente boa.





Opinião final

Não há muito mais a explorar para além do que foi dito acima. A segunda parte desta história irá satisfazer os fãs do Justiceiro e quem sabe alguns ficaram satisfeitos com a primeira parte com tema fatigante de "marine" ainda com fogo de guerra dentro de si, mas inadaptado à vida civil. 
Gostei de terem introduzido os Gnuccis, não tendo posto em causa a história escrita por Garth Ennis. Ma Gnucci mal se cruzou com Frank, mas o Russo sim, teve alguma interação com Frank mas nada para além de palavras.

Nota Final: 7/10


Próximo: PUNISHER #10, 22/03/2023





sábado, 13 de agosto de 2022

Análise: PUNISHER / JUSTICEIRO #5 (Vol.13, 2022)


 

Na passada 4ª feira tivemos mais uma edição do JUSTICEIRO que saiu nos Estados Unidos, infelizmente foi uma edição que pouco adiantou da história principal, mas tivemos algumas modificações no passado de Frank... E nada de favorável.


HISTÓRIA (SPOILERS!)


Como referi em cima, esta edição não desenvolveu muito o seu arco principal, mas sim o passado de Frank Castle nos seus anos de secundário e mais adiante. Contámos com algumas revelações sobre o facto dos poderes sobrenaturais da Arquisacerdotiza e pelo facto de Maria Castle ainda se manter viva devido à magia negra usada pela sacerdotiza e todo o meio e
nvolvente do quartel general do Tentáculo (Hand).

Arte de Jesús Saiz
Jason Aaron (escritor) adicionou um novo personagem ao passado de Frank, e muito importante que marcaria um ponto de viragem (mais um!) na vida de Frank Castle. Esse personagem chama-se Steadman Sternberger, um rapaz vítima de bullying até Frank se tornar o seu protector e amigo. Steadman apercebeu-se do lado negro de Frank e deu uma "ajuda" no relacionamento com Maria quando ambos se tinham acabado de conhecer. Steadman escreveu uma carta para Maria, fazendo-se passar por Frank e com isto acelerou o relacionamento Frank/Maria. Porém, a felicidade não durou muito pois algo trágico abate-se sobre Steadman e que novamente coloca Frank no seu lado mais negro.

ARTE

Como sempre a arte de Jesús Saiz não desaponta, excelente traço algo que tem sido muito regular nesta saga. Mas, a luz da ribalta desta vez cabe a Paul Azaceta, onde retratou muito bem o passado de Frank. O seu traço mais "grosseiro" deu muita personalidade à falta de qualidade da escrita de Jason Aaron.

Arte de Paul Azaceta



OPINIÃO FINAL

Infelizmente tinha algumas expectativas em relação a esta edição, esperei que houvesse um revés dos acontecimentos que levassem Frank no caminho correcto, mas devido à falta de desenvolvimento do arco principal nada se passou desde o final do número 4 e este número 5.
Jason Aaron continua a reescrever a história de Frank, algo que foi trabalhado por escritores ao longo de 49 anos e que até mesmo põe em causa os motivos "naturais" em que se tornou o Justiceiro. Desta forma, Aaron faz com que Frank tivesse o "Justiceiro" dentro de Frank desde a sua infância e não despoletado pela morte da sua família. Para quem leu a sua saga MAX, irá notar algumas parecenças com a escrita especialmente no relacionamento com a família. 
Este Frank Castle é um assassino desde a adolescência e até há idade adulta já conta com quase uma mão cheia de assassinatos, muito antes de ingressar nos Fuzileiros Navais.

Algo que para mim, não está a funcionar. Sendo um pouco mais "purista" no que toca a história de Frank, acredito que certos pontos não devem ser violados.

NOTA FINAL : 5 / 10

Próxima Edição
Será publicado nos Estados Unidos em 7 de Setembro 2022


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domingo, 17 de julho de 2022

Análise: JUSTICEIRO Vol. 13 #4 (Spoilers)


 

O Justiceiro #4 já saiu nos Estados Unidos na semana passada. Nesta edição contamos com algumas revelações importantes para o enredo da história e muitas "pontas soltas" para serem resolvidas.


História 

Depois de ler esta história e apesar de haver uma grande revelação, não deixa de não ser uma história confusa com memórias aparentemente implantadas em Frank pela Arquisacerdotisa.

Capa de Jesús Saiz
O problema da confusão é que toda a origem de Frank contada poderá não ser verdade, mas sim um conjunto de memórias implantadas para formam o Punho da Besta. O que será verdade ou ficção?

Um dos problemas desta história é que tudo é contado pela Arquisacerdotisa, Frank está resumido a poucas falas e quase a uma personagem secundária. Não sabemos o que pensa, nem sabemos as suas motivações e já levamos 4 números lançados. 



Um dos pontos altos desta história é sem dúvida Ares. Ares, o Deus da Guerra que pretende ter o seu discípulo mais valioso de volta ao seu normal e abandonar a espada e o Tentáculo. Pela primeira vez vemos Ares de forma espiritual a confrontar a Arquisacerdotisa e questionando o que ela fez para o Frank se ter juntado ao Tentáculo. 

O mais engraçado neste diálogo é que Ares com tudo o que pretende é que o Justiceiro volte às suas origens, como se fosse, e é, um fã de Frank Castle.






A ação deste número teve um abrandamento, apesar de contarmos com a presença da Mercenária e o Lorde Letal fazendo uma embuscada a Frank na citadela. É uma luta breve, a Mercenária facilmente desarma Frank armado apenas com a sua katana, por momentos temos um painel onde vemos o armamento pesado de Frank, mas num breve momento em que Maria aparece, Frank desperta os poderes da Besta e elimina o Lorde Letal com a faca da Besta no peito.



Um dos pontos trágicos nesta história é Maria Castle, que continua perdida, sem saber o que se passa com os filhos apenas tendo algumas memórias do Central Park, mas não sabendo que morreu nesse dia e ressuscitou pelas mãos do Tentáculo. Imagino que Frank está a ser manipulado por alguma magia e Maria também.

ARTE

A arte de Jesús Saiz e Paulo Azaceta são sem sombra de dúvida o que ainda vai mantendo alguma qualidade nesta saga. A escrita de Aaron está longe de impressionar, mas o traço de Jesús Saiz e os flashbacks por Paulo Azaceta realmente acrescentam um pouco mais de qualidade a esta história. 
Não esquecendo as cores de Dave Stewart que cria um ambiente fantástico tanto nos flashbacks como nos eventos no presente.


Conclusão

Como já tinha referido em cima, um dos grandes problemas desta saga são as decisões do Jason Aaron, Frank não passa de um personagem quase secúndario com poucas falas, está na sua história mas não sabemos as suas motivações. Parece estar tão perdido quanto Maria, independentemente de continuar a sua cruzada contra o crime, através dos recursos do Tentáculo.



Existem algumas perguntas a serem respondidas e seria interessante ver nos próximos números.

  • Porque Frank largou as armas e dedicou-se à espada?
  • Quais são as suas motivações?
  • Porque mudou o simbolo da caveira para "demónio"?

Avaliação Final: 7 / 10


Lançamento a 10 de Agosto


quinta-feira, 2 de junho de 2022

Análise: Punisher / Justiceiro Vol. 13 #3

 



A nova edição saiu na semana passada e focou-se principalmente na primeira morte de Frank.
A história começa com uma grande batalha da Hydra contra o Tentáculo, onde vemos o Frank a massacrar literalmente o inimigo liderando o Tentáculo. 




Mas o grande foco desta história gira em torno da primeira morte de Frank Castle. Jason Aaron claramente tirou algumas notas do trabalho de Garth Ennis na história "The Tyger" da saga MAX. Deixo um pequeno resumo do que se passou na história de Garth Ennis. 

Punisher MAX: Tyger por Garth Ennis


Frank perante toda a injustiça em seu redor, e ao ver a sua melhor amiga suicidar-se devido aos abusos de Vincent Rosa (filho de um alto mafioso de Brooklyn), o jovem Frank estava pronto para tirar a vida ao Vincent, não tendo completado a missão, porque o irmão da jovem amiga de Frank (Sal Buvoli), matou o jovem mafioso, com Frank a assistir a tudo. 

Este foi o primeiro contato de Frank com a justiça feita pelas próprias mãos.


Pelas mãos de um fuzileiro naval.









Em Justiceiro #3, Jason Aaron tornou o jovem Frank mais eficaz em relação à versão MAX. Tendo assistido a toda a violência de um brutal espancamento na rua e niguém impedir, não conseguiu ultrapassar tamanha injustiça, Frank tomou as medidas que achou correctas, tendo feito planos para deter este assassino.


Depois de todo o preparo, Frank detém este assassino de uma forma muito similar à forma como Sal Buvoli em Tyger executou o responsável pela morte da irmã. Pelo fogo.



Após a apresentação deste flashback, vemos pela primeira alguma divergência entre os interesses reais do Tentáculo e Frank. Claramente, Frank quer utilizar todos os recursos do Tentáculo para fazer a sua guerra em outro nível, algo em escala maior do que se fizesse de forma solitária. O Tentáculo por sua vez quer mais do Frank, quer que assuma a posição de Punho da Besta e não tanto para a sua guerra pessoal.


 Outra questão que não é menor, e Frank tem de lidar, é o facto de Maria ter de continuar a ser sedada pelo Tentáculo para manter a lúcidez, até agora completamente ignorante ao facto de ter morrido e ter sido ressuscitada.

Opinião final

Jason Aaron melhorou o ponto de vista do jovem Frank da forma como executou a sua primeira morte, não sendo fã deste tipo de abordagem, prefiro sempre a abordagem do Justiceiro/ Punisher ter sido um produto da casualidade e não de ter sido predestinado a sê-lo desde tenra idade. O que Jason Aaron quer mostrar é que Justiceiro esteve sempre em Frank Castle. Não foi a guerra, não foi o facto de perder a família, mas sim o destino.
Ainda não consigo dizer que estou a gostar desta saga, tudo ainda é muito "nublado" e incerto, provavelmente induzido por Jason Aaron. Mas esta número foi claramente melhor que o anterior.

A arte desta história tem sido brilhante nas mãos de Jesús Saiz e os flashbacks por Paul Azaceta, não sendo grande fã da sua arte, neste número esteve muito bem. A paleta de cores foi muito bem distribuída e visualmente agradável por Dave Stewart. 



Avaliação: 7 / 10

Próxima edição, o regresso do Diário de Guerra #1, que será basicamente a prequela desta saga de Jason Aaron. A primeira missão de Frank liderando o Tentáculo para deter o Monge do Ódio / Hate Monger. Esta edição será lançada dia 22 de Junho.

Arte por Mahmud Asrar

 


 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Análise: Doctor Strange / The Punisher: Magic Bullets #1 & #2

Vamos então iniciar as duas últimas análises dos comics do Punisher em falta! 

Doctor Strange / The Punisher: Magic Bullets, outra mini-série para juntar á Daredevil / Punisher; 7th Circle na já habitual Infinite Comics ( Comics digitais, com panéis animados para serem lidas nos dispositivos moveis como tablets e smartphones).


(E) John Barber / (A) Andrea Broccardo
(C) Andres Mossa
Estes personagens já fizeram dupla por diversas ocasiões. 

Uma delas no extinto livro dos Defenders (Defensores) dos anos 90 e mais recentemente em "Original Sin" (Pecado Original). Apesar das diferenças de ambos os personagens, os escritores sempre conseguiram que esta dupla funcionasse.

Este primeiro número divide-se em duas partes. A parte do Punisher e a outra do Doctor Strange. Esta divisão serve de base para apresentação dos personagens e do seu "modus operandi".

A parte do Punisher é repleta de acção, onde vemos o personagem atacar um restaurante cheio de "mafiosos" e onde a escrita e a arte estão em perfeita sintonia.
É claro que este restaurante não é um restaurante qualquer, e serão daí que virão os problemas de maior que irá fazer Frank pedir a ajudar do Doctor Strange.



É de salientar o prazer que foi ler esta versão em "Infinite Comics" onde os painéis ganham vida e os próprios personagens intervenientes na estória também.


John Barber escreveu um argumento bastante simples, mas muito eficaz. Porém, achei o Frank demasiado"falador" para o habitual. Mas nada que possa prejudicar esta comic. Este número deixou algumas pontas soltas que irão ser desvendadas na próxima edição.
Os painéis de acção estão muito bem construídos e realmente nota-se uma boa dinâmica entre a arte e a escrita.

A arte de Andrea Broccardo é muito interessante. Os personagens têm expressões muito vincadas e a sua arte bastante detalhada.

As cores de Andres Mossa foram uma decepção. Esta mini-série deveria ser mais "escura", até mesmo pelo tema ser sobrenatural.
Na minha opinião a arte em geral e a própria mini-série ganhavam mais com isso.




Conclusão: É uma saga que tem as suas lacunas, mas nada que me tenha tirado o interesse em continuar a ler esta aventura do Punisher pelo mundo sobrenatural do universo Marvel.
A arte em geral é boa, excelentes painéis de acção e claro uma narrativa muito decente.

Pontuação Geral: 7 / 10 






(E) John Barber / (A) Andrea Broccardo /
(C) Andrew Crossley

No último número Frank foi pedir ajuda ao Doctor Strange para o ajudar a lidar com as monstros demoníacos que encontrou no restaurante dos mafiosos Fusillis.

Na maior parte deste número, o Frank tenta convencer o Doctor Strange para o ajudar, mas Strange mostra (estranhamente) um pouco de resistência ao pedido de Frank.

Após o rescaldo do ataque de Frank, as atenções viram-se para os irmãos Fusilli, ainda vivos, contratam os serviços de Mangrove, mais conhecido por Doctor Hurt.
Ficamos a saber que o restaurante reúne particularidades sobrenaturais nomeadamente a atracção de bestialidades demoníacas.
Mangrove, encontra-se no restaurante por um motivo, transferir o poder desses seres demoníacos para os irmãos.


A partir deste momento e como era de esperar, volto a lembrar que este tipo de "temas" são areia demais para o Frank e mais a "praia" do Doctor Strange.
No entanto vou continuar a seguir esta estória para ver como John Barber cria condições para o Frank ter o seu próprio espaço nesta obra sobrenatural.

Neste número, John Barber aproveitou para explorar um pouco mais do argumento desta mini-série e dedicar-se um pouco aos vilões.
A última página deixa bons indícios para vermos o Strange e o Castle juntos para combater essas bestas sobrenaturais no próximo número.

Andrea Broccardo, continua a manter a qualidade do número anterior. O único problema continua a ser referente ás cores desta saga. Demasiado coloridas para o meu gosto, quando acho que o tema é "negro" o suficiente para termos uns tons mais escuros. Neste campo Andrew Crossley poderia ter melhorado.

Gostei bastante da capa deste número. Apesar da simplicidade, o "mashup" entre o olho de agamoto e a caveira do Punisher funcionaram muito bem.

Conclusão: John Barber e Andrea Broccardo continuam a entreter nesta mini-série. O cerco começa a apertar e veremos como vai esta equipa criativa por o Frank ao nível do Strange para lidar com este tipo de ameaça sobrenatural. no próximo número já vamos ter uma percepção.



Pontuação Geral: 7.0 / 10

- Ivo Santos |  @ivomgs






terça-feira, 29 de novembro de 2016

Análise: Punisher Anual 01 & A Year of Marvels (Novembro #01)





Mais uma senda de análises em falta... Já se começa a ver o "fundo". 
Aqui estão duas histórias distintas em qualidade. Uma escrita pelo lendário Gerry Conway ( co-criador do Punisher) e outra por Elliot e Todd Casey.



(E) Gerry Conway / (A) Felix Ruiz /
(C) Lee Loughridge
Vinte cinco anos passaram desde que Gerry Conway escreveu uma estória do Punisher. A última foi em formato "one-shot" chamado "Bloodlines".

Gerry Conway é daqueles escritores que consegue contar uma estória em modo "ponto de vista" por outros personagens, sem que o personagem principal fique para segundo plano. Afinal de contas, este é o seu livro.


Este número fala-nos de um agente policial á procura de vingança. Mas totalmente dividido entre a lei e a justiça pelas próprias mãos.
Mamdouh vigia o Punisher, ao longo do extermínio de alguns gangues relacionados com a "sua" vingança. 

O momento alto desta estória é quando ambos os personagens Mamdouh e o Punisher se cruzam. E onde uma decisão sem retorno terá de ser tomada.




É aqui que o melhor de Gerry Conway entra em acção e se vê que o co-criador do Punisher conhece o seu personagem melhor que ninguém, e onde muito poucos conseguem escrever como ele.

A arte de Felix Ruiz, deixou me um pouco dividido. Nas primeiras páginas parece me um tanto ou quanto "rascunho", mas á medida que vamos lendo, denota-se uma melhoria na arte de Felix. Existem pormenores que fazem com alguns artistas tenham ou não "bagagem" militar. E Felix, "mete os pés" nas últimas páginas quando faz o Frank disparar com a arma de lado.
Sr. Felix, o Frank não é nenhum gangster.

As cores de Lee Loughridge ajudaram e muito a arte de Felix, que sem ele, a arte  deste anual poderia ter sido um desastre.

A capa de Rahzzaa, é simplesmente belíssima. Com clara alusão ao Halloween e umas cores muito realistas. Com tom negro, tal e qual como é retratado o anual. Sem dúvida uma das melhores capas do ano no universo do Punisher.


Conclusão: Foi genial ver que Gerry Conway continua sem perder o "jeito" e sem esquecer o rumo que o personagem tem de ter numa estória. 
Correspondeu totalmente ás minhas expectactivas e tornou este anual até ao momento, na melhor estória do Punisher este ano. É um essencial!



Pontuação Geral:  9 / 10




(E)Todd & Elliot Casey / (A) Paul Davidson
(C) Lee Loughridge
A Marvel continua a apostar nos Infinite Comics ( comics digitais) no que toca ao Punisher. No inicio do ano tivemos uma miniserie do Daredevil / Punisher ( que acabou por sair em papel), está a decorrer outra miniserie Doctor Strange /Punisher (que também será impressa em papel).
Agora esta estória de "Year of Marvels".


A estória começa com o Frank bastante ferido tentando sobreviver a um "erro de calculo" ao atacar o gangue. As feridas eram profundas e desmaia. Sendo encontrado por uma familia. 
Má sorte para eles, ao tratarem Frank, são atacados na sua própria casa pelos membros do gangue.

O Punisher está desarmado, tem de lutar e proteger a família com o que tem.


Não fosse este um "remake" de várias estórias do Punisher, podíamos ter aqui uma boa leitura. 
Com isto não quero dizer que seja uma má leitura, porque não o é. Simplesmente não trouxe nada de novo para o fã habitual das estórias de Frank Castle.


 Todd e Elliot escreveram uma estória simples. A ligação entre os personagens intervenientes deste número é que me pareceu demasiado forçada e com vários momentos "cliché". Até mesmo com a introdução de elementos que podiam estabelecer uma conexão com Frank, não resultou.


 
Por outro lado, esta narrativa fez me lembrar as estórias de apenas um número que se encontravam entre arcos na década de 80 e 90. Quando ainda os escritores, não se preocupavam em escrever para os lançamentos em encadernados.
A acção é decente, mas com alguns momentos ridículos da parte dos criminosos.



A arte de Paul Davidson é agradável. Especialmente se tirarmos partido do facto de ser "infinite comics" com todas as animações digitais.
Mais uma vez a ajuda preciosa de Lee Loughridge fez com que a arte deste número fosse muito mais apelativa.



Conclusão: No final desta leitura fiquei com a sensação que já a tinha lido em qualquer lado, devido ás semelhanças com outras estórias do Punisher.
Não consegui criar laços ou identificar me com os personagens intervenientes na estória, mesmo com todos os elementos que pudessem ajudar a estabelecer alguma conexão com Frank, no meu ponto de vista não resultaram.


Fiquei com a sensação que esta estória foi demasiado apressada para o final.


Pontuação geral: 5.5 / 10

sexta-feira, 24 de julho de 2015

-ANÁLISE- PUNISHER #20 (Último Número)

Por fim, o último número desta saga de Nathan Edmondson e Mitch Gerads.

O arco dos "Últimos Dias" chegou ao fim, marcando os últimos dois números com um escrita bastante "comprimida" que ajudou muito a acção.

Para quem não sabe, os "Últimos Dias" é um tie-in do actual evento a decorrer chamado Secret Wars, precisamente os últimos dias de alguns personagens Marvel antes do Fim do Mundo, onde o Universo Ultimate (1610) e o Universo 616 irão colidir e destruir-se-ão.


O que fará Frank nos seus últimos dias na Terra? Basicamente estes dois últimos números responderam a essa pergunta. No número #19 vimos Frank matar alguns vilões que se reuniam num bar para celebrar o final dos tempos e a maior derrota dos seus rivais ao não conseguirem evitar que a terra se destruísse.

Mas vamos a análise desta história, Frank decidiu ir ao Médio Oriente para acabar com uma organização terrorista chamada Black Dawn, após ver um dos seus associados ser executado por membros desta organização.

Depois do número #19 ser repleto de acção e estarmos na perspectiva de Frank, neste último vemos a perspectiva dos membros da organização terrorista. 


Apesar de ser uma missão com bilhete só de "ida" e de ao mesmo tempo não ter qualquer objectivo claro a não ser antecipar o fim do mundo para muitos malfeitores, penso que Edmondson deveria ter explorado a parte psicológica de Frank nesta altura.
Para não falar de alguns pontos que ficaram por resolver no que se tratou da ex-agente Stone.

Apesar de tudo foi um fim digno para o personagem e nada menos do que se esperava do Punisher na sua última investida contra uns terroristas.


Quanto a arte de Mitch Gerads, foi simplesmente soberba. Grande conjugação de cores, excelentes detalhes a nivel de armamento e tiroteios em que só faltava haver animação.
Mitch Gerads habituou-nos ao longo desta saga a uma grande ligação entre painéis e nestes dois últimos números fez um trabalho de excelência. Sem dúvida o maior ponto alto desta saga, desde o número #1.

Só tenho pena de não ter visto o Punisher com o seu fato habitual.


Classificação Geral: 7 em 10

*A não perder na próxima semana uma retrospectiva desta saga destacando o bom e o mau.


-Ivo Santos (Facebook / Twitter)







sexta-feira, 26 de junho de 2015

ANÁLISE: PUNISHER #19



Aqui está a análise do penúltimo número do Punisher escrito por Nathan Edmondson e nos desenhos Mitch Gerads.
Apesar de ter sido o livro que tem estado muito aquém das expectactivas este número foi sem dúvida o melhor de toda a série. Não só como na escrita como nos desenhos.

Parece que o Punisher com constantes problemas motivacionais em relação há sua "missão" ficou para trás em troca de um Punisher que vimos no inicio desta saga. Igual a si próprio.

Com o que foi dito acima, podemos ver um Punisher "demolidor" e uma pilha de corpos por contar no final deste número. Algo interessante de salientar são os "brinquedos" fornecidos pelos Howling Commandos para ajudar o Punisher na sua "última" missão antes do fim do mundo.

O único ponto baixo, foi de facto não termos visto detalhes no massacre do "Bar with no Name" convocado pelo Kingpin. (Secret Wars #1)



Quanto a arte de Mitch Gerads é sem sombra de dúvida belíssima. Começando com a excelente capa e acabando com as cenas de acção do melhor que já vi.
Mesmo não sendo um artista que seja rigoroso com os fundos as cenas de acção compensam tudo o resto.



























Não posso deixar de dizer que apesar desta ser a melhor caracterização do personagem pelo Edmondson ao mesmo tempo deixa um pequeno sabor amargo.

Como é que passados 19 números é que o escritor finalmente "atina" com o personagem?

A situação de Stone irá ser resolvida ou esquecida? Esperemos que no último número tudo esteja resolvido.


PONTUAÇÃO GERAL: Nota 9 em 10

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Análise: Punisher #18 + Secret Wars #1 (Punisher cameo)

Análise Punisher #18
(Spoilers)


Aqui está o último número do arco do gang Dos Soles. 

Finalmente Edmondson apresentou nos um Justiceiro muito objectivo e com as ideias no lugar quanto a sua missão. Após muitos números em que Frank se questionava o porquê de continuar a sua guerra, finalmente. agora ele sabe o seu lugar.

Este número começou muito bem, após a captura de Hector Dos Soles, Frank quis fazer dele um exemplo e fê-lo em frente a televisão nacional e a todo o publico que estava ao seu redor. Frank executou Hector Dos Soles.

Pena a "censura" no painel em que se sucedeu a execução, não foi muito lógico quando o Frank nas últimas páginas deste número fez bastantes disparos á cabeça de alguns gangsters e nada foi censurado.

A reação dos "media" foi um tanto ou quanto bipolar. Num momento o Justiceiro era o inimigo público nº1, após a execução tornou-se quase herói nacional e salvador de Los Angeles. Tenho dúvidas que este seja uma reação natural após uma execução em directo.

O que estragou este número foi o que aconteceu nas páginas finais, após uns momentos no Diner's, Sam Stone aparece, esfaqueia o Frank e o seu companheiro Loot. Culpa-o por todo o caos que aconteceu em Los Angeles ( aparentemente não sabe que foi ele que salvou Los Angeles). Frank cai no chão, ensaguentado e ao lado do seu fiel companheiro Loot que não me parece que vá sobreviver depois deste duro golpe.

Sem qualquer reação, Frank deixa escapar Sam Stone (que agora se entitula de Memento). Optando por estar os últimos momentos com o seu fiel companheiro coiote Loot.
De facto esta falta de atitude não reconheço do Frank Castle, lembro me que há umas décadas atrás o mesmo aconteceu com Max, seu cão e a atitude foi diferente. Desta vez, nem tentou defender a honra do pobre coiote.

A única constante de qualidade que tivemos neste livro foi a arte de Mitch Gerads e neste último número o seu trabalho esteve em grande destaque. Sendo para mim um dos melhores números com ele participou juntamente com Brent Schoonover. Pessoalmente foi um regalo ver esta equipa de artistas junta há já dois números.

Neste número temos um grande regalo que foi ideia de Schoonover com esta pequena alusão a ASM 129 (Amazing Spider-Man) a primeira aparição do Justiceiro.





Prós:


  • A execução de Hector Dos Soles em pleno directo;
  • Excelente luta/ tiroteio nas páginas finais contra um grupo de criminosos que amedrontavam uma jovem;
  • A grande parceria entre Schoonover e Gerads na arte deste titulo.

Contras:

  • Mais uma vez, o Frank foi derrotado nas páginas finais por um personagem que muito pouco ofereceu a este livro, e principalmente pelas razões que apresentou.
  • Nathan Edmondson mostrou que não sabe escrever o Justiceiro, tornando-o num fraco. No número anterior consegue mostrar superioridade sobre o novo Capitão America ( Falcão) e agora perde perante um esfaqueamento.

Com dois números para acabar esta colecção, nunca pensei esperar para que o fim estivesse perto, Nathan Edmondson está a escrever um Justiceiro muito fraco quase ao nivel do Jornal de Guerra do Matt Fraction.


Pontuação: 5 /10


Guerras Secretas #1
(Aparição do Justiceiro)

Não há muito a falar sobre o Justiceiro neste evento, pois ele apenas aparece em dois paineis, mas por ter sido fantástica a sua aparição, mereceu a minha atenção e fazer uma pequena análise.

Aparentemente Frank, intercepta um email enviado por Kingpin a vários super vilões do universo marvel para se reunirem no fim do mundo e assistirem em directo há queda dos seus inimigos.
Durante a celebração Frank aparece armado com uma arma automatica e carregada para despejar chumbo em todos aqueles vilões num só espaço.

Que poderia fazer o Justiceiro perante o holocausto eminente? Que melhor oportunidade teria ele para fazer o que melhor faz que é punir os criminosos?

Não esperava ver o Justiceiro no livro principal do evento Marvel mas foi um excelente pormenor por Jonathan Hickman.
 
Em vez de ir para o Médio Oriente como Edmondson irá escrever nos últimos dois números, ele de certeza iria caçar estes "monstros" como Hickman escreveu.