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quinta-feira, 1 de junho de 2023

[Análise] Punisher / Justiceiro Vol.13 #12 (fim, com spoilers!)

 


Jesús Saiz


Depois do um ano e meio após o lançamento desta nova saga, finalmente temos o último capitulo desta saga escrita por Jason Aaron, desenhos por Jesús Saiz, Paul Azaceta, cores por Dave Stewart e Matt Hollingsworth.

Um ano meio com uma história que poderia oferecer uma boa narrativa, independentemente de não ter a caveira original ao peito ou usar armas. Para mim o problema nem seria esse, mas realmente, foi um sinal do que poderia estar por vir. Jason Aaron focou a sua história em desconstruir o Frank Castle. Irei desenvolver mais sobre o futuro de Frank Castle no próximo artigo. 


Este capitulo continua depois de Frank ter sido alvejado por Maria ( com a arma especial que Frank criou para matar Ares) quando esta descobriu que ele foi o Justiceiro por muitos anos, usando os seus nomes como bandeira para a sua guerra.
Pouco tenho para acrescentar sobre este capítulo, não tendo muita acção, muitas páginas são sobre o interrogatório de Frank pelos heróis que lutou contra no último número. Doutor Estranho, Wolverine, Capitão America, Viúva Negra e Cavaleiro da Lua.

Até num simples interrogatório, Jason Aaron exagerou na reacção de Wolverine. De todos os personagens, este que também já serviu de peão da Besta, mostrou um comportamento errático para quem já trabalhou para o Tentáculo no passado.

Aaron deixou o "melhor" para o fim, Maria Castle teve o seu tempo também para confrontar Frank. Mais uma vez Jason Aaron teve a sua oportunidade para mostrar que consegue tornar personagens com potencial em personagens insuportáveis. Maria Castle que por meio da sua hipocrisia, critica Frank por ter usado o seu nome e dos seus filhos para uma guerra de morte, mas serviu-se do seu património para recomeçar uma vida nova, ou seja, com a ajuda de Natasha, Maria vendeu todos os terrenos e alojamentos que Frank detinha para ficar com metade e doar a outra metade a instituições de caridade. Por fim, quando o Frank iria saber o veredito da sua sentença, ainda com uma réstia de poder da Besta, Frank conseguiu escapar dos Vingadores para um mundo paralelo. 

Paul Azaceta


A Marvel tinha razão quando apelidou esta saga de "Punisher... No More"("Justiceiro... Nunca mais"), sabemos que nada é definitivo na Marvel, mas claramente, acabaram para já, com o Justiceiro no Universo 616.

Se há algo que não posso criticar de forma alguma, são os artistas e coloristas desta saga. Jesús Saiz, Paul Azaceta, Dave Stewart e Hollingsworth fizeram um trabalho notável. Foi sem dúvida uma história com grandes visuais. Dando ênfase a Jesús Saiz que cobriu os eventos actuais, onde a maior acção aconteceu, e claro, Paul Azaceta pela parte que desenhou do passado de Frank, que deu sempre um visual de banda desenhada independente, mas muito adequado.

Jesús Saiz



Notas Finais:

Por esta altura, e depois de 11 números,  já não esperava muito, estava preparado para tudo. Jason Aaron nunca conseguiu ter a minha atenção por mais de dois números seguidos, especialmente da forma como abordou o passado de Frank Castle. A forma como desenhou o enredo, tinha potencial, a execução foi péssima. Aaron poderia ter acabado esta história de uma forma mais correcta para os fãs que perderam um ano e meio a ler esta saga, mas não, o objectivo foi reformular o Frank Castle através de elementos desnecessários e tornar tudo num enredo de novela mexicana.


Avaliação final: 5/ 10 

quarta-feira, 26 de abril de 2023

[Análise] JUSTICEIRO / PUNISHER Vol.13 #11 por Jason Aaron, Jesús Saiz e Paul Azaceta


Penúltima edição do Justiceiro onde Jason Aaron não pára de adicionar novos elementos para a história de Frank Castle através da visão da sua esposa Maria Castle. Não sei se o personagem irá mudar para sempre depois desta saga, nada é para sempre na ficção, mas a Marvel quer fazer crer os leitores que sim.


Capa por Jesús Saiz

O final aproxima-se, nesta edição, teremos segredos expostos pela Maria Castle momentos antes do tiroteio no Central Park. Este número é narrado na totalidade por Maria, enquanto os flashbacks do seu passado são mostrados ao leitor e a batalha do Justiceiro contra os Vingadores acontece. 
Maria finalmente descobre o que Frank fez durante a sua "ausência", e isso vai despoletar acções que o leitor não vai estar à espera. 
No meio de toda esta narrativa, vemos Frank a enfrentar uma equipa de Vingadores, muito improvisada, encabeçada pelo Doutor Estranho, Capitão América, Wolverine, Cavaleiro da Lua e Viúva Negra. Uma luta interessante de se assistir e que mais uma vez confirmou que Frank com os seus novos poderes, está entre um dos mais fortes personagens da Marvel até este momento.

Jesús Saiz continua a manter a grande qualidade nos seus quadradinhos, grande detalhe nas personagens e grande dinâmica na acção. Paul Azaceta cumpriu bem a parte dos flashbacks uma vez mais, ao dar um toque "indie" a esta saga. Se a arte desta história fosse factor decisivo na qualidade da história, sem dúvida que era uma das melhores histórias dos últimos anos. 


Doutor Estranho tenta um exorcismo


Notas finais 

No final desta edição, mais uma vez fiquei desapontado com as alterações que Jason Aaron fez ao Frank Castle. Independemente do final que esta história tenha, não me passa outra ideia pela cabeça que a Marvel quer mesmo desconstruir o personagem tal como referi neste artigo .


Jason Aaron continua a mostrar uma estranha fixação com o casamento de Frank e Maria, parece que nas suas histórias ele tem mesmo que mostrar o quanto miseráveis são Maria e Frank e como o seu casamento é um fracasso. Ele fez o mesmo na sua saga MAX, só que aqui, o personagem é diferente.

A luta com os Vingadores foi interessante, especialmente para vermos a diferença de poder que o Frank tem em relação aos restantes Vingadores. Nem mesmo o Doutor Estranho conseguiu conter o Frank que teve de se conter para não matar os Vingadores. 


Classificação: 6 / 10


Próxima edição (e última)

24/05/2023






 

sábado, 21 de janeiro de 2023

[Análise] JUSTICEIRO Vol.13 #9

 




O ponto de viragem começou. Não sendo o tipo de história que seja o ponto alto do Justiceiro, este número 9 "apimentou" um pouco mais o que estava demasiado sem sabor. A luta que vem sendo anunciada chegou e finalmente tivemos o Justiceiro contra Ares, o Deus da Guerra.



Jason Aaron finalmente mostrou aos leitores tudo o que preparou desde a primeira edição. O grande enfâse deste número foi a luta de Ares contra Frank. Desta vez, Frank estava mais do que pronto, com praticamente todos os poderes da Besta despertos. A luta de Frank contra Ares foi intensa e com muita acção, explosões e sangue. Os fãs puristas do Justiceiro não irão achar piada ao facto de Frank voar e deter super-força, mas este é o seu novo status-quo no Universo Marvel. 

Neste número também tivemos outra revelação, já anteriormente anunciada. O Tentáculo já observava Frank e a sua família antes de ter sido eliminada no Central Park, onde houve a sugestão de provocar a morte da familia de Frank para poderem antecipar o nascimento do Justiceiro, mas a Arquisacerdotiza não permitiu.
Os feitos do Punho da Besta (Frank) pelo Mundo fora, eliminando os piores criminosos através do Tentáculo, não passaram despercebidos pelos heróis Marvel. Os mesmos vão tentar deter Frank nas próximas edições.




Arte

Mais uma vez, Jesús Saiz esteve mais uma vez à altura deste número. Mostrou-nos uma sequência notável da luta do Frank contra Ares. 
Paul Azaceta, com menos destaque nesta edição mas também muito bem com o que nos mostrou através dos flashbacks de Maria e todos os paineis referentes ao Tentáculo.


Opinião Final

Sem dúvida que depois de 9 edições haver uma que realmente entretém é fraco. Não mudo a opinião desta saga, nem tão pouco um número dá para salvar uma saga inteira. Contudo, entreteu. Sou um fã do Justiceiro que facilmente se adapta a situações mais sobrenaturais. Consigo ler o Justiceiro "Angelical" e o Franken-Castle sem problemas. Não considero a leitura ideal do Justiceiro, mas consigo tirar algum proveito da leitura. Esta saga e depois deste número, penso que finalmente chegou a esse estado. Consegui ler, tirar proveito e ficar parcialmente com o desfecho da luta contra Ares e expectante por ver o que os heróis Marvel irão fazer para parar o "Punho da Besta".

Pontuação 8/10

Próximo número
Punisher War Journal #1: Base (8/2)





terça-feira, 13 de setembro de 2022

[Análise] JUSTICEIRO Vol. 13 #6 (Spoilers)




Mais um capítulo da saga do Justiceiro que saiu na passada 4ª feira, onde o ponto alto foi sem dúvida a batalha de Frank contra Ares, o Deus da Guerra.


HISTÓRIA

Este número teve a maior parte das páginas dedicadas a esta luta (se é que se pode chamar isso). Não sendo algo de espectacular, vendo Frank a utilizar tecnologia de ficção científica que era exactmente usada no contrabando de Ares para outras organizações terroristas. O objectivo de Frank seria terminar a guerra, eliminado o principal opositor (Ares).


Obviamente que a falta de preparo resultou numa pesada derrota para Frank, mesmo invocando os poderes da Besta (ainda incompletos) não esteve ao nível de Ares. O real motivo que Jason Aaron pricipitou esta luta, foi precisamente para confrontar Ares e Frank, mostrando o lado de Ares, como ele apreciava o velho Justiceiro e como o via como o seu representante mortal.

Frank deixado à beira da morte, foi recuperado pelo Tentáculo (Hand) e todo o dano que recebeu de Ares, parcialmente curado. 




A pior parte e de mais uma vez Aaron ter danificado uma vez mais o personagem, foi de nos ter sido revelado um verdadeiro festival de horrores em que Frank submeteu os corpos dos seus filhos à magia negra do Tentáculo para os ressuscitar, tendo por fim, terminado a vida dos seus filhos que estiveram expostos às experiências e tendo sido transformados em aberrações.





Arte

Neste número a arte de Jesús Saiz brilhou novamente, como tem sido habitual. A luta de Frank e Ares, foi uma demonstração de sua capacidade para desenhar cenas violentas e de grande acção. As cores de Dave Stewart deram vida à arte de Saiz.





Opinião Final


A história que Jason Aaron nos está a contar ainda não me convenceu, e muito honestamente penso que será difícil gostar do que irá acontecer daqui para a frente. Com isto não quer dizer que não haja bons momentos, mas a história não é boa para mim.

Com 6 números lançados, continuamos sem saber qual é a direcção da história. Pouco sabemos das motivações de Frank, o que pensa e quais os seus objectivos...  
Jason Aaron continua a apostar não só em desconstruir o passado do personagem, mesmo não havendo quase histórias que explorassem esse aspecto, mas também, em fazer o personagens ter atitudes que em circunstâncias normais nunca iria fazer. Tais como submeter os corpos dos filhos à magia negra do Tentáculo, através da Arqui-Sacerdotiza.

Parece-me que Frank, está literalmente a ser empurrado a se tornar o "Alto Caçador" através das acções que toma. E quem sabe, se todas as memórias que a Arqui-Sacerdotiza fazem parte de uma lavagem cerebral para levar o Frank a ser o Alto Caçador, Punho da Besta.


PONTUAÇÃO FINAL

6/10


PRÓXIMA EDIÇÃO

CAPA POR LEINIL YU, DATA DE PUBLICAÇÃO 12 DE OUTUBRO


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sábado, 13 de agosto de 2022

Análise: PUNISHER / JUSTICEIRO #5 (Vol.13, 2022)


 

Na passada 4ª feira tivemos mais uma edição do JUSTICEIRO que saiu nos Estados Unidos, infelizmente foi uma edição que pouco adiantou da história principal, mas tivemos algumas modificações no passado de Frank... E nada de favorável.


HISTÓRIA (SPOILERS!)


Como referi em cima, esta edição não desenvolveu muito o seu arco principal, mas sim o passado de Frank Castle nos seus anos de secundário e mais adiante. Contámos com algumas revelações sobre o facto dos poderes sobrenaturais da Arquisacerdotiza e pelo facto de Maria Castle ainda se manter viva devido à magia negra usada pela sacerdotiza e todo o meio e
nvolvente do quartel general do Tentáculo (Hand).

Arte de Jesús Saiz
Jason Aaron (escritor) adicionou um novo personagem ao passado de Frank, e muito importante que marcaria um ponto de viragem (mais um!) na vida de Frank Castle. Esse personagem chama-se Steadman Sternberger, um rapaz vítima de bullying até Frank se tornar o seu protector e amigo. Steadman apercebeu-se do lado negro de Frank e deu uma "ajuda" no relacionamento com Maria quando ambos se tinham acabado de conhecer. Steadman escreveu uma carta para Maria, fazendo-se passar por Frank e com isto acelerou o relacionamento Frank/Maria. Porém, a felicidade não durou muito pois algo trágico abate-se sobre Steadman e que novamente coloca Frank no seu lado mais negro.

ARTE

Como sempre a arte de Jesús Saiz não desaponta, excelente traço algo que tem sido muito regular nesta saga. Mas, a luz da ribalta desta vez cabe a Paul Azaceta, onde retratou muito bem o passado de Frank. O seu traço mais "grosseiro" deu muita personalidade à falta de qualidade da escrita de Jason Aaron.

Arte de Paul Azaceta



OPINIÃO FINAL

Infelizmente tinha algumas expectativas em relação a esta edição, esperei que houvesse um revés dos acontecimentos que levassem Frank no caminho correcto, mas devido à falta de desenvolvimento do arco principal nada se passou desde o final do número 4 e este número 5.
Jason Aaron continua a reescrever a história de Frank, algo que foi trabalhado por escritores ao longo de 49 anos e que até mesmo põe em causa os motivos "naturais" em que se tornou o Justiceiro. Desta forma, Aaron faz com que Frank tivesse o "Justiceiro" dentro de Frank desde a sua infância e não despoletado pela morte da sua família. Para quem leu a sua saga MAX, irá notar algumas parecenças com a escrita especialmente no relacionamento com a família. 
Este Frank Castle é um assassino desde a adolescência e até há idade adulta já conta com quase uma mão cheia de assassinatos, muito antes de ingressar nos Fuzileiros Navais.

Algo que para mim, não está a funcionar. Sendo um pouco mais "purista" no que toca a história de Frank, acredito que certos pontos não devem ser violados.

NOTA FINAL : 5 / 10

Próxima Edição
Será publicado nos Estados Unidos em 7 de Setembro 2022


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domingo, 17 de julho de 2022

Análise: JUSTICEIRO Vol. 13 #4 (Spoilers)


 

O Justiceiro #4 já saiu nos Estados Unidos na semana passada. Nesta edição contamos com algumas revelações importantes para o enredo da história e muitas "pontas soltas" para serem resolvidas.


História 

Depois de ler esta história e apesar de haver uma grande revelação, não deixa de não ser uma história confusa com memórias aparentemente implantadas em Frank pela Arquisacerdotisa.

Capa de Jesús Saiz
O problema da confusão é que toda a origem de Frank contada poderá não ser verdade, mas sim um conjunto de memórias implantadas para formam o Punho da Besta. O que será verdade ou ficção?

Um dos problemas desta história é que tudo é contado pela Arquisacerdotisa, Frank está resumido a poucas falas e quase a uma personagem secundária. Não sabemos o que pensa, nem sabemos as suas motivações e já levamos 4 números lançados. 



Um dos pontos altos desta história é sem dúvida Ares. Ares, o Deus da Guerra que pretende ter o seu discípulo mais valioso de volta ao seu normal e abandonar a espada e o Tentáculo. Pela primeira vez vemos Ares de forma espiritual a confrontar a Arquisacerdotisa e questionando o que ela fez para o Frank se ter juntado ao Tentáculo. 

O mais engraçado neste diálogo é que Ares com tudo o que pretende é que o Justiceiro volte às suas origens, como se fosse, e é, um fã de Frank Castle.






A ação deste número teve um abrandamento, apesar de contarmos com a presença da Mercenária e o Lorde Letal fazendo uma embuscada a Frank na citadela. É uma luta breve, a Mercenária facilmente desarma Frank armado apenas com a sua katana, por momentos temos um painel onde vemos o armamento pesado de Frank, mas num breve momento em que Maria aparece, Frank desperta os poderes da Besta e elimina o Lorde Letal com a faca da Besta no peito.



Um dos pontos trágicos nesta história é Maria Castle, que continua perdida, sem saber o que se passa com os filhos apenas tendo algumas memórias do Central Park, mas não sabendo que morreu nesse dia e ressuscitou pelas mãos do Tentáculo. Imagino que Frank está a ser manipulado por alguma magia e Maria também.

ARTE

A arte de Jesús Saiz e Paulo Azaceta são sem sombra de dúvida o que ainda vai mantendo alguma qualidade nesta saga. A escrita de Aaron está longe de impressionar, mas o traço de Jesús Saiz e os flashbacks por Paulo Azaceta realmente acrescentam um pouco mais de qualidade a esta história. 
Não esquecendo as cores de Dave Stewart que cria um ambiente fantástico tanto nos flashbacks como nos eventos no presente.


Conclusão

Como já tinha referido em cima, um dos grandes problemas desta saga são as decisões do Jason Aaron, Frank não passa de um personagem quase secúndario com poucas falas, está na sua história mas não sabemos as suas motivações. Parece estar tão perdido quanto Maria, independentemente de continuar a sua cruzada contra o crime, através dos recursos do Tentáculo.



Existem algumas perguntas a serem respondidas e seria interessante ver nos próximos números.

  • Porque Frank largou as armas e dedicou-se à espada?
  • Quais são as suas motivações?
  • Porque mudou o simbolo da caveira para "demónio"?

Avaliação Final: 7 / 10


Lançamento a 10 de Agosto


quinta-feira, 2 de junho de 2022

Análise: Punisher / Justiceiro Vol. 13 #3

 



A nova edição saiu na semana passada e focou-se principalmente na primeira morte de Frank.
A história começa com uma grande batalha da Hydra contra o Tentáculo, onde vemos o Frank a massacrar literalmente o inimigo liderando o Tentáculo. 




Mas o grande foco desta história gira em torno da primeira morte de Frank Castle. Jason Aaron claramente tirou algumas notas do trabalho de Garth Ennis na história "The Tyger" da saga MAX. Deixo um pequeno resumo do que se passou na história de Garth Ennis. 

Punisher MAX: Tyger por Garth Ennis


Frank perante toda a injustiça em seu redor, e ao ver a sua melhor amiga suicidar-se devido aos abusos de Vincent Rosa (filho de um alto mafioso de Brooklyn), o jovem Frank estava pronto para tirar a vida ao Vincent, não tendo completado a missão, porque o irmão da jovem amiga de Frank (Sal Buvoli), matou o jovem mafioso, com Frank a assistir a tudo. 

Este foi o primeiro contato de Frank com a justiça feita pelas próprias mãos.


Pelas mãos de um fuzileiro naval.









Em Justiceiro #3, Jason Aaron tornou o jovem Frank mais eficaz em relação à versão MAX. Tendo assistido a toda a violência de um brutal espancamento na rua e niguém impedir, não conseguiu ultrapassar tamanha injustiça, Frank tomou as medidas que achou correctas, tendo feito planos para deter este assassino.


Depois de todo o preparo, Frank detém este assassino de uma forma muito similar à forma como Sal Buvoli em Tyger executou o responsável pela morte da irmã. Pelo fogo.



Após a apresentação deste flashback, vemos pela primeira alguma divergência entre os interesses reais do Tentáculo e Frank. Claramente, Frank quer utilizar todos os recursos do Tentáculo para fazer a sua guerra em outro nível, algo em escala maior do que se fizesse de forma solitária. O Tentáculo por sua vez quer mais do Frank, quer que assuma a posição de Punho da Besta e não tanto para a sua guerra pessoal.


 Outra questão que não é menor, e Frank tem de lidar, é o facto de Maria ter de continuar a ser sedada pelo Tentáculo para manter a lúcidez, até agora completamente ignorante ao facto de ter morrido e ter sido ressuscitada.

Opinião final

Jason Aaron melhorou o ponto de vista do jovem Frank da forma como executou a sua primeira morte, não sendo fã deste tipo de abordagem, prefiro sempre a abordagem do Justiceiro/ Punisher ter sido um produto da casualidade e não de ter sido predestinado a sê-lo desde tenra idade. O que Jason Aaron quer mostrar é que Justiceiro esteve sempre em Frank Castle. Não foi a guerra, não foi o facto de perder a família, mas sim o destino.
Ainda não consigo dizer que estou a gostar desta saga, tudo ainda é muito "nublado" e incerto, provavelmente induzido por Jason Aaron. Mas esta número foi claramente melhor que o anterior.

A arte desta história tem sido brilhante nas mãos de Jesús Saiz e os flashbacks por Paul Azaceta, não sendo grande fã da sua arte, neste número esteve muito bem. A paleta de cores foi muito bem distribuída e visualmente agradável por Dave Stewart. 



Avaliação: 7 / 10

Próxima edição, o regresso do Diário de Guerra #1, que será basicamente a prequela desta saga de Jason Aaron. A primeira missão de Frank liderando o Tentáculo para deter o Monge do Ódio / Hate Monger. Esta edição será lançada dia 22 de Junho.

Arte por Mahmud Asrar

 


 

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Análise: PUNISHER / JUSTICEIRO Vol.13 #2 (Spoilers)

 


Jason Aaron já habituou os leitores que normalmente quando trabalha num título, dá o seu cunho pessoal às histórias dos personagens. Este número 2 do Justiceiro não foge à regra como aconteceu na saga MAX (onde revelou que Frank se iria divorciar de Maria no dia do massacre no Central Park).

No número 2, Aaron revela-nos que o que transformou o Frank em Justiceiro, não foram os eventos na guerra ou por ter perdido a familia, Frank sempre foi o Justiceiro.
Durante as primeiras páginas vemos Frank numa sessão de terapia com 12 anos, onde o terapeuta questiona o seu comportamento. Vemos imagens de várias caveiras desenhadas e livros sobre decapitações. Claramente, Jason Aaron a caracterizar Frank como uma criança desajustada e com um grau elevado de psicopatia.
Através dos monólogos da arquissacerdotisa, sabemos que Frank levava animais atropelados para casa e que já era um assassino.



Outra situação igualmente "macabra" é o facto de Maria não ter noção que esteve morta nem que perdeu os seus filhos no Central Park. Ela sente que esteve adormecida por muito tempo, mas não relaciona com a morte. Questionando Frank pelos filhos, ele decide que estão quase a chegar. Frank decide por mantê-la na ignorância.



O que esta história revela é que Frank, sempre esteve destinado a ser o Justiceiro. E sempre seguido de perto pelo Tentáculo, que desde a sua adolescência vem acompanhando o seu comportamento e desenvolvimento como o futuro "Punho da Besta". Na minha opinião pessoal, acredito que o Tentáculo esteve envolvido em todos os momentos importantes da vida de Frank e acredito que Jason Aaron tente levar a história por esse caminho.

Este segundo número baseou-se menos na acção e mais no rumo de Frank Castle como o alto caçador, o "Punho da besta". Também tivemos uma revelação, o despertar de um dos poderes do "Punho da besta" através de Frank Castle. 


Frank começa a despertar poderes ocultos, através da sua ligação com a Besta, um dos poderes que se manifestou foi "os olhos da besta", com estes poderes ele consegue ver os pecados cometidos pela sua vítima, e os que ainda não cometeu. 

Um novo vilão é revelado, um ex-Vingador... 




...ARES!


Aparentemente Ares está por trás do tráfico de armamento "especial" distribuido pelos Apóstolos (lacaios de Ares), que Frank dizimou no número 1. E Frank ao ter recusado tréguas, irá ter Ares como seu oponente. 

Opinião

Para mim não foi o Frank mudar de caveira ou deixar as armas de fogo que me fizeram perder a esperança nesta saga. Foi mesmo este "retcon" que Aaron começou a modificar desde a infância do jovem Frank. O facto de ele já ser um assassino e de ter um comportamento de um típico psicopata não bate certo com o Frank com o qual cresci nos anos 80/90.
Teremos que arranjar explicação para tudo? Terá o Frank que ser uma criança desajustada da sociedade para se explicar o porque de ser o Justiceiro?
E porque não ser uma criança típica normal, que tem um crescimento saúdavel com uma educação tradicional, fazer carreira militar e após perder a família sentir-se culpado por não os ter protegido e a lei não ter ajudado a julgar os culpados? É difícil acreditar que isto poderia transformar Castle no Justiceiro? Acho que não.
A arte por Jesús Saiz é fantástica complementada pelas cores de Dave Stewart, fazem o par perfeito para esta história. A arte de Paul Azaceta para os "flashbacks" é interessante, e proporcionou um olhar diferente para o passado de Frank. 

Avaliação: 5 / 10

Próximo número a ser lançado a 25 de Maio...



















terça-feira, 15 de março de 2022

Análise: PUNISHER / JUSTICEIRO Vol.13 #1 (Spoilers)

 



Após dois anos e cinco meses sem ter qualquer saga do JUSTICEIRO, finalmente a hora chegou pelas mãos de Jason Aaron (JusticeiroMax), Jesús Saiz e Paul Azaceta.

Esta nova saga esteve debaixo de muita especulação em torno da nova "caveira", e pelo facto de o Frank não usar armas de fogo... Mas na verdade, é que ainda vemos o Frank usar armamento, pelo menos nesta edição.
Não tenho dúvidas que esta saga será um marco importante para o personagem, quer gostemos ou não do resultado final. 

O começo deste número vemos alguns flashbacks do momento em que a sua família foi assassinada no Central Park, logo na página seguinte vemos uma "colagem" de vários capas do Justiceiro ao longo das décadas do Justiceiro mais clássico ao moderno, incluindo o universo MAX.
Podemos questionar a alteração do seu logotipo raiz (apesar de ter pequenas alterações em todas as sagas), mas não podemos queixar do nível de acção deste número.

O armamento e o seu equipamento clássico não está esquecido!



Não sabemos até ao inicio deste número os motivos de Frank estar ao lado do Tentáculo (Hand), no inicio da história Frank já é "senhor do Tentáculo" e ainda está a aprender a usar a espada como vemos nas primeiras páginas deste número quando chacina os "Apóstolos" . 




Pelo que vi até agora Jason Aaron irá presentear nos com flashbacks ao passado para explicar a trama, como nos mostrou as fantásticas cenas de acção quando Frank foi abordado pelo Tentáculo, são 10 páginas onde vemos o Frank a massacrar os ninjas do Tentáculo num pequeno apartamento devidamente armadilhado por ele. Sem reservas ou censura, 10 páginas de pura acção.




A arte de Jesus Saiz é fantástica, as cenas de acção são muito boas e o design dos personagens como suas expressões bem notadas. Não houve muitos flashbacks além dos momentos do Central Park, mas não sou grande fã da arte de Paul Azaceta, uma arte completamente diferente de Saiz.



Não sei o que Jason Aaron nos reserva com esta história, mas posso honestamente dizer que fiquei supreendido pela qualidade deste primeiro número. Para já sabemos que cada morte de Frank é para honrar a "Besta". As verdadeiras motivações de Frank para se juntar a uma organização criminosa ainda não foi revelada (ja lá vamos) mas esta não é a primeira vez que Frank o faz.




Em Circulo de Sangue (1986), de Steven Grant, onde Frank pertenceu ao Cartel, no volume 3(1995), a uma organização mafiosa e mais recentemente à Hydra no Império Secreto (2017), enganado pelo maléfico Steve Rogers.

Sei que muitos deste conceitos não são do agrado de alguns fãs, mas sugiro que dêm uma olhada. Eu próprio tinha as minhas reservas mas pela acção e até pela história mereceu a minha atenção.


Atenção SPOILERS a SEGUIR!


A grande revelação da última página foi mostrarem a Maria (falecida mulher de Frank) viva aguardando o seu homem, depois de uma missão.
Este poderá ter sido o motivo de Frank se ter juntado (ou não) ao Tentáculo, mas até nem isto foi claro. Pouco ou nada sabemos das intenções de Frank. Certamente será revelado ao longo dos próximos números.




Avaliação: 8 / 10