quinta-feira, 1 de junho de 2023

[Análise] Punisher / Justiceiro Vol.13 #12 (fim, com spoilers!)

 


Jesús Saiz


Depois do um ano e meio após o lançamento desta nova saga, finalmente temos o último capitulo desta saga escrita por Jason Aaron, desenhos por Jesús Saiz, Paul Azaceta, cores por Dave Stewart e Matt Hollingsworth.

Um ano meio com uma história que poderia oferecer uma boa narrativa, independentemente de não ter a caveira original ao peito ou usar armas. Para mim o problema nem seria esse, mas realmente, foi um sinal do que poderia estar por vir. Jason Aaron focou a sua história em desconstruir o Frank Castle. Irei desenvolver mais sobre o futuro de Frank Castle no próximo artigo. 


Este capitulo continua depois de Frank ter sido alvejado por Maria ( com a arma especial que Frank criou para matar Ares) quando esta descobriu que ele foi o Justiceiro por muitos anos, usando os seus nomes como bandeira para a sua guerra.
Pouco tenho para acrescentar sobre este capítulo, não tendo muita acção, muitas páginas são sobre o interrogatório de Frank pelos heróis que lutou contra no último número. Doutor Estranho, Wolverine, Capitão America, Viúva Negra e Cavaleiro da Lua.

Até num simples interrogatório, Jason Aaron exagerou na reacção de Wolverine. De todos os personagens, este que também já serviu de peão da Besta, mostrou um comportamento errático para quem já trabalhou para o Tentáculo no passado.

Aaron deixou o "melhor" para o fim, Maria Castle teve o seu tempo também para confrontar Frank. Mais uma vez Jason Aaron teve a sua oportunidade para mostrar que consegue tornar personagens com potencial em personagens insuportáveis. Maria Castle que por meio da sua hipocrisia, critica Frank por ter usado o seu nome e dos seus filhos para uma guerra de morte, mas serviu-se do seu património para recomeçar uma vida nova, ou seja, com a ajuda de Natasha, Maria vendeu todos os terrenos e alojamentos que Frank detinha para ficar com metade e doar a outra metade a instituições de caridade. Por fim, quando o Frank iria saber o veredito da sua sentença, ainda com uma réstia de poder da Besta, Frank conseguiu escapar dos Vingadores para um mundo paralelo. 

Paul Azaceta


A Marvel tinha razão quando apelidou esta saga de "Punisher... No More"("Justiceiro... Nunca mais"), sabemos que nada é definitivo na Marvel, mas claramente, acabaram para já, com o Justiceiro no Universo 616.

Se há algo que não posso criticar de forma alguma, são os artistas e coloristas desta saga. Jesús Saiz, Paul Azaceta, Dave Stewart e Hollingsworth fizeram um trabalho notável. Foi sem dúvida uma história com grandes visuais. Dando ênfase a Jesús Saiz que cobriu os eventos actuais, onde a maior acção aconteceu, e claro, Paul Azaceta pela parte que desenhou do passado de Frank, que deu sempre um visual de banda desenhada independente, mas muito adequado.

Jesús Saiz



Notas Finais:

Por esta altura, e depois de 11 números,  já não esperava muito, estava preparado para tudo. Jason Aaron nunca conseguiu ter a minha atenção por mais de dois números seguidos, especialmente da forma como abordou o passado de Frank Castle. A forma como desenhou o enredo, tinha potencial, a execução foi péssima. Aaron poderia ter acabado esta história de uma forma mais correcta para os fãs que perderam um ano e meio a ler esta saga, mas não, o objectivo foi reformular o Frank Castle através de elementos desnecessários e tornar tudo num enredo de novela mexicana.


Avaliação final: 5/ 10 

quarta-feira, 26 de abril de 2023

[Análise] JUSTICEIRO / PUNISHER Vol.13 #11 por Jason Aaron, Jesús Saiz e Paul Azaceta


Penúltima edição do Justiceiro onde Jason Aaron não pára de adicionar novos elementos para a história de Frank Castle através da visão da sua esposa Maria Castle. Não sei se o personagem irá mudar para sempre depois desta saga, nada é para sempre na ficção, mas a Marvel quer fazer crer os leitores que sim.


Capa por Jesús Saiz

O final aproxima-se, nesta edição, teremos segredos expostos pela Maria Castle momentos antes do tiroteio no Central Park. Este número é narrado na totalidade por Maria, enquanto os flashbacks do seu passado são mostrados ao leitor e a batalha do Justiceiro contra os Vingadores acontece. 
Maria finalmente descobre o que Frank fez durante a sua "ausência", e isso vai despoletar acções que o leitor não vai estar à espera. 
No meio de toda esta narrativa, vemos Frank a enfrentar uma equipa de Vingadores, muito improvisada, encabeçada pelo Doutor Estranho, Capitão América, Wolverine, Cavaleiro da Lua e Viúva Negra. Uma luta interessante de se assistir e que mais uma vez confirmou que Frank com os seus novos poderes, está entre um dos mais fortes personagens da Marvel até este momento.

Jesús Saiz continua a manter a grande qualidade nos seus quadradinhos, grande detalhe nas personagens e grande dinâmica na acção. Paul Azaceta cumpriu bem a parte dos flashbacks uma vez mais, ao dar um toque "indie" a esta saga. Se a arte desta história fosse factor decisivo na qualidade da história, sem dúvida que era uma das melhores histórias dos últimos anos. 


Doutor Estranho tenta um exorcismo


Notas finais 

No final desta edição, mais uma vez fiquei desapontado com as alterações que Jason Aaron fez ao Frank Castle. Independemente do final que esta história tenha, não me passa outra ideia pela cabeça que a Marvel quer mesmo desconstruir o personagem tal como referi neste artigo .


Jason Aaron continua a mostrar uma estranha fixação com o casamento de Frank e Maria, parece que nas suas histórias ele tem mesmo que mostrar o quanto miseráveis são Maria e Frank e como o seu casamento é um fracasso. Ele fez o mesmo na sua saga MAX, só que aqui, o personagem é diferente.

A luta com os Vingadores foi interessante, especialmente para vermos a diferença de poder que o Frank tem em relação aos restantes Vingadores. Nem mesmo o Doutor Estranho conseguiu conter o Frank que teve de se conter para não matar os Vingadores. 


Classificação: 6 / 10


Próxima edição (e última)

24/05/2023






 

quarta-feira, 29 de março de 2023

[Análise] JUSTICEIRO Vol.13 #10

 



O número 10 saiu nos Estados Unidos e temos o mais violento dos números que sairam até há data nesta saga. Depois da morte de Ares, o Deus da Guerra, Frank decide começar a a atacar a escória da sociedade, usando os seus novos poderes.


Análise

Um Justiceiro apenas munido de um pequeno arsenal, já é capaz de criar um pequeno caos numa cidade. Imagine-se se tiver poderes sobrenaturais, onde consegue voar, detém super força, manipulação de fogo infernal, ver os pecados dos seus alvos e saber onde eles se encontram...

Capa por Jesús Saiz

O número 10 começa com muita acção e carnificina. O Justiceiro com as suas novas capacidades consegue chegar onde nunca chegou com menos tempo e recursos, apenas depende das suas capacidades. Na questão da acção os leitores não terão qualquer problema, a história em si e principalmente os "flashbacks" são um problema para mim.Continuo com a "velha queixa", esta história não se parece nada com o Justiceiro, mas sim com um super-herói ou vilão da Marvel como já existem alguns com poderes semelhantes. Jason Aaron continua a desconstruir o personagem, e em cada "flashback" adiciona elementos novos. Neste número ficámos a saber que antes do incidente no Central Park, Frank pagava a um ex combatente para aceder às execuções publicas de criminosos. Mais uma "nuance" que faz de Frank Castle um sádico, mais uma caracteristica que o leva ao caminho do "Justiceiro", afastando-se cada vez mais do conceito original.Os fãs que embarcaram nesta saga à espera de acção, vão ter. A carnificina faz parte de um elemento que deveria compôr uma história do Justiceiro, não faz o Justiceiro. Contudo podemos esperar muitos paineis que deverão ser do agrado aos fãs do "gore".


Arte

Se ao longo destes 10 números algo não desapontou foi a arte de Jesús Saiz e Paul Azaceta. Nesta edição, na minha opinião veremos o melhor trabalho de Jesús e Paul no Justiceiro até este momento.
Jesús Saiz que mostra grande dinâmica entre painéis, para não falar nas cenas de acção.
Paul que ficou responsável pelos "flashbacks", até aqui vinha cumprido bem a sua função, nesta edição refinou um pouco o traço e os detalhes. 

Arte por Paul Azaceta

Arte por Jesús Saiz

 













Notas finais

Quando leio esta história e faço as análises, não consigo ver um pouco do Justiceiro nestas histórias, pelo menos não vejo aquilo que me faz seguir o Justiceiro há 30 anos. Contudo, sou fã de banda desenhada e gosto de ler estas histórias, e estar relacionado com o "Justiceiro" obviamente irá fazer me seguir. Jason Aaron continua a adicionar elementos desnecessários para justificar a transição de Frank Castle para Justiceiro. A história tem acção e prende o leitor, mas enquanto não tivermos o Justiceiro a punir criminosos nas ruas, sem poderes, apenas munido com o seu arsenal bélico, para mim esta saga estará na lista das não recomendáveis, pois até ao momento Jason Aaron não acrescentou nada de valor ao personagem.
A arte tem sido até aqui o melhor e o que ainda vai dando para manter a boa pontuação.


Avaliação final: 7 /10


PUNISHER #11 19/04/2023







quinta-feira, 16 de março de 2023

[Análise] JUSTICEIRO: Diário de Guerra - Base 1





Análise


Neste último capítulo do Diário de Guerra a escritora dividiu a história em duas partes. A primeira parte da história onde teve foco na relação de Maria e Frank, e nas dificuldades que Frank teve para se adaptar à vida civil e a segunda parte onde realmente vemos o Frank em acção, mostrando que apesar de se esforçar por ter uma vida "normal", a outra parte de Frank Castle sedenta de acção tomou conta dele.


Esta questão da terapia de casal é um assunto demasiadamente explorado nesta saga. Jason Aaron, já fez menções mais que suficientes na saga principal mencionando este problema, mas aparentemente a Disney parece preocupada em reforçar este detalhe junto dos leitores.

Na primeira parte deste livro, a acção é lenta, onde vemos muita interação de Frank com Maria e seus vizinhos.
A segunda parte desta história é onde realmente a acção começa, especialmente contando com a presença de um gangue mafioso que os leitores do Justiceiro já conhecem... os Gnuccis!
Aparentemente os Gnuccis cruzaram-se no caminho de Frank muito antes da história de Garth Ennis acontecer em meados dos anos 2000, no arco "Bem-Vindo de Volta, Frank". E será aqui que Torunn explora o lado "anti-herói" de Frank que se depara com movimentações suspeitas numa casa na sua vizinhança.



Muita acção e luta de corpo a corpo que poderia servir de introdução a uma prequela do "Ano Um", onde Frank ataca o gangue para salvar pessoas presas em cativeiro pelos Gnuccis.


Realmente esta foi a parte que para mim "salvou" esta edição e que se fez parecer com uma banda desenhada do Justiceiro. 

Arte

Djibril Morissette-Phan foi um artista muito competente nesta história. Não fiquei surpreendido com alguns painéis onde fazia um close-up as faces dos personagens, mas de um modo geral captou bem o estilo desta história. As cenas de acção e a dinamica entre painéis está razoavelmente boa.





Opinião final

Não há muito mais a explorar para além do que foi dito acima. A segunda parte desta história irá satisfazer os fãs do Justiceiro e quem sabe alguns ficaram satisfeitos com a primeira parte com tema fatigante de "marine" ainda com fogo de guerra dentro de si, mas inadaptado à vida civil. 
Gostei de terem introduzido os Gnuccis, não tendo posto em causa a história escrita por Garth Ennis. Ma Gnucci mal se cruzou com Frank, mas o Russo sim, teve alguma interação com Frank mas nada para além de palavras.

Nota Final: 7/10


Próximo: PUNISHER #10, 22/03/2023





terça-feira, 24 de janeiro de 2023

[Notícias] Os Vingadores caçam o Justiceiro!




Contém "spoilers" do JUSTICEIRO #9


O Justiceiro com o seu novo status-quo como "Punho da Besta", chamou a atenção do Universo Marvel, após derrotar o Deus da Guerra, Ares.
Tal acção não passou indiferente no reino dos heróis que vêm as acções de Frank com alguma preocupação.




O número #9, começa com o Demolidor a conversar com Wolverine e alertando-o dos mais recentes eventos na vida de Frank Castle como Alto Assassíno do Tentáculo, convencendo Logan a juntar se a ele para deter Frank.




Depois temos uma página com a Viúva Negra, a contactar Steve Rogers, falando dos feitos de Frank Castle quando matou o Monge do Ódio e destruiu a célula da Hydra em (Diário de Guerra: Blitz).

Para não falar dos maiores criminosos das listas de procurados de todas as agências do Mundo terem "desaparecido".
Steve Rogers não compreende como é que Frank se associou ao Tentáculo, uma organização criminosa a actuar no Universo Marvel.

Por fim, na última página temos todos os intervenientes e alguns pesos pesados que se vão juntar na Guerra contra o Punho da Besta.


Cavaleiro da Lua, Wolverine, Viúva Negra, Capitão América e Doutor Estranho, unem forças para deter o Frank Castle no último assalto desta saga que se encontra a três números de terminar. Todos os intervenientes com excepção de Doutor Estranho, tiveram algumas histórias em comum com o Justiceiro. Tendo em conta o nível de poder do Justiceiro, parece me que o único que pode ombrear com o Frank ser apenas o Doutor Estranho. 
Esta pode não ser a equipa principal dos Vingadores, mas sem dúvida que a maioria já foi um Vingador alguma vez na sua carreira.

Veremos como vai ser o número 10, que apenas sai em Março, em fevereiro teremos o último Diário de Guerra.