quarta-feira, 26 de abril de 2023

[Análise] JUSTICEIRO / PUNISHER Vol.13 #11 por Jason Aaron, Jesús Saiz e Paul Azaceta


Penúltima edição do Justiceiro onde Jason Aaron não pára de adicionar novos elementos para a história de Frank Castle através da visão da sua esposa Maria Castle. Não sei se o personagem irá mudar para sempre depois desta saga, nada é para sempre na ficção, mas a Marvel quer fazer crer os leitores que sim.


Capa por Jesús Saiz

O final aproxima-se, nesta edição, teremos segredos expostos pela Maria Castle momentos antes do tiroteio no Central Park. Este número é narrado na totalidade por Maria, enquanto os flashbacks do seu passado são mostrados ao leitor e a batalha do Justiceiro contra os Vingadores acontece. 
Maria finalmente descobre o que Frank fez durante a sua "ausência", e isso vai despoletar acções que o leitor não vai estar à espera. 
No meio de toda esta narrativa, vemos Frank a enfrentar uma equipa de Vingadores, muito improvisada, encabeçada pelo Doutor Estranho, Capitão América, Wolverine, Cavaleiro da Lua e Viúva Negra. Uma luta interessante de se assistir e que mais uma vez confirmou que Frank com os seus novos poderes, está entre um dos mais fortes personagens da Marvel até este momento.

Jesús Saiz continua a manter a grande qualidade nos seus quadradinhos, grande detalhe nas personagens e grande dinâmica na acção. Paul Azaceta cumpriu bem a parte dos flashbacks uma vez mais, ao dar um toque "indie" a esta saga. Se a arte desta história fosse factor decisivo na qualidade da história, sem dúvida que era uma das melhores histórias dos últimos anos. 


Doutor Estranho tenta um exorcismo


Notas finais 

No final desta edição, mais uma vez fiquei desapontado com as alterações que Jason Aaron fez ao Frank Castle. Independemente do final que esta história tenha, não me passa outra ideia pela cabeça que a Marvel quer mesmo desconstruir o personagem tal como referi neste artigo .


Jason Aaron continua a mostrar uma estranha fixação com o casamento de Frank e Maria, parece que nas suas histórias ele tem mesmo que mostrar o quanto miseráveis são Maria e Frank e como o seu casamento é um fracasso. Ele fez o mesmo na sua saga MAX, só que aqui, o personagem é diferente.

A luta com os Vingadores foi interessante, especialmente para vermos a diferença de poder que o Frank tem em relação aos restantes Vingadores. Nem mesmo o Doutor Estranho conseguiu conter o Frank que teve de se conter para não matar os Vingadores. 


Classificação: 6 / 10


Próxima edição (e última)

24/05/2023






 

quarta-feira, 29 de março de 2023

[Análise] JUSTICEIRO Vol.13 #10

 



O número 10 saiu nos Estados Unidos e temos o mais violento dos números que sairam até há data nesta saga. Depois da morte de Ares, o Deus da Guerra, Frank decide começar a a atacar a escória da sociedade, usando os seus novos poderes.


Análise

Um Justiceiro apenas munido de um pequeno arsenal, já é capaz de criar um pequeno caos numa cidade. Imagine-se se tiver poderes sobrenaturais, onde consegue voar, detém super força, manipulação de fogo infernal, ver os pecados dos seus alvos e saber onde eles se encontram...

Capa por Jesús Saiz

O número 10 começa com muita acção e carnificina. O Justiceiro com as suas novas capacidades consegue chegar onde nunca chegou com menos tempo e recursos, apenas depende das suas capacidades. Na questão da acção os leitores não terão qualquer problema, a história em si e principalmente os "flashbacks" são um problema para mim.Continuo com a "velha queixa", esta história não se parece nada com o Justiceiro, mas sim com um super-herói ou vilão da Marvel como já existem alguns com poderes semelhantes. Jason Aaron continua a desconstruir o personagem, e em cada "flashback" adiciona elementos novos. Neste número ficámos a saber que antes do incidente no Central Park, Frank pagava a um ex combatente para aceder às execuções publicas de criminosos. Mais uma "nuance" que faz de Frank Castle um sádico, mais uma caracteristica que o leva ao caminho do "Justiceiro", afastando-se cada vez mais do conceito original.Os fãs que embarcaram nesta saga à espera de acção, vão ter. A carnificina faz parte de um elemento que deveria compôr uma história do Justiceiro, não faz o Justiceiro. Contudo podemos esperar muitos paineis que deverão ser do agrado aos fãs do "gore".


Arte

Se ao longo destes 10 números algo não desapontou foi a arte de Jesús Saiz e Paul Azaceta. Nesta edição, na minha opinião veremos o melhor trabalho de Jesús e Paul no Justiceiro até este momento.
Jesús Saiz que mostra grande dinâmica entre painéis, para não falar nas cenas de acção.
Paul que ficou responsável pelos "flashbacks", até aqui vinha cumprido bem a sua função, nesta edição refinou um pouco o traço e os detalhes. 

Arte por Paul Azaceta

Arte por Jesús Saiz

 













Notas finais

Quando leio esta história e faço as análises, não consigo ver um pouco do Justiceiro nestas histórias, pelo menos não vejo aquilo que me faz seguir o Justiceiro há 30 anos. Contudo, sou fã de banda desenhada e gosto de ler estas histórias, e estar relacionado com o "Justiceiro" obviamente irá fazer me seguir. Jason Aaron continua a adicionar elementos desnecessários para justificar a transição de Frank Castle para Justiceiro. A história tem acção e prende o leitor, mas enquanto não tivermos o Justiceiro a punir criminosos nas ruas, sem poderes, apenas munido com o seu arsenal bélico, para mim esta saga estará na lista das não recomendáveis, pois até ao momento Jason Aaron não acrescentou nada de valor ao personagem.
A arte tem sido até aqui o melhor e o que ainda vai dando para manter a boa pontuação.


Avaliação final: 7 /10


PUNISHER #11 19/04/2023







quinta-feira, 16 de março de 2023

[Análise] JUSTICEIRO: Diário de Guerra - Base 1





Análise


Neste último capítulo do Diário de Guerra a escritora dividiu a história em duas partes. A primeira parte da história onde teve foco na relação de Maria e Frank, e nas dificuldades que Frank teve para se adaptar à vida civil e a segunda parte onde realmente vemos o Frank em acção, mostrando que apesar de se esforçar por ter uma vida "normal", a outra parte de Frank Castle sedenta de acção tomou conta dele.


Esta questão da terapia de casal é um assunto demasiadamente explorado nesta saga. Jason Aaron, já fez menções mais que suficientes na saga principal mencionando este problema, mas aparentemente a Disney parece preocupada em reforçar este detalhe junto dos leitores.

Na primeira parte deste livro, a acção é lenta, onde vemos muita interação de Frank com Maria e seus vizinhos.
A segunda parte desta história é onde realmente a acção começa, especialmente contando com a presença de um gangue mafioso que os leitores do Justiceiro já conhecem... os Gnuccis!
Aparentemente os Gnuccis cruzaram-se no caminho de Frank muito antes da história de Garth Ennis acontecer em meados dos anos 2000, no arco "Bem-Vindo de Volta, Frank". E será aqui que Torunn explora o lado "anti-herói" de Frank que se depara com movimentações suspeitas numa casa na sua vizinhança.



Muita acção e luta de corpo a corpo que poderia servir de introdução a uma prequela do "Ano Um", onde Frank ataca o gangue para salvar pessoas presas em cativeiro pelos Gnuccis.


Realmente esta foi a parte que para mim "salvou" esta edição e que se fez parecer com uma banda desenhada do Justiceiro. 

Arte

Djibril Morissette-Phan foi um artista muito competente nesta história. Não fiquei surpreendido com alguns painéis onde fazia um close-up as faces dos personagens, mas de um modo geral captou bem o estilo desta história. As cenas de acção e a dinamica entre painéis está razoavelmente boa.





Opinião final

Não há muito mais a explorar para além do que foi dito acima. A segunda parte desta história irá satisfazer os fãs do Justiceiro e quem sabe alguns ficaram satisfeitos com a primeira parte com tema fatigante de "marine" ainda com fogo de guerra dentro de si, mas inadaptado à vida civil. 
Gostei de terem introduzido os Gnuccis, não tendo posto em causa a história escrita por Garth Ennis. Ma Gnucci mal se cruzou com Frank, mas o Russo sim, teve alguma interação com Frank mas nada para além de palavras.

Nota Final: 7/10


Próximo: PUNISHER #10, 22/03/2023





terça-feira, 24 de janeiro de 2023

[Notícias] Os Vingadores caçam o Justiceiro!




Contém "spoilers" do JUSTICEIRO #9


O Justiceiro com o seu novo status-quo como "Punho da Besta", chamou a atenção do Universo Marvel, após derrotar o Deus da Guerra, Ares.
Tal acção não passou indiferente no reino dos heróis que vêm as acções de Frank com alguma preocupação.




O número #9, começa com o Demolidor a conversar com Wolverine e alertando-o dos mais recentes eventos na vida de Frank Castle como Alto Assassíno do Tentáculo, convencendo Logan a juntar se a ele para deter Frank.




Depois temos uma página com a Viúva Negra, a contactar Steve Rogers, falando dos feitos de Frank Castle quando matou o Monge do Ódio e destruiu a célula da Hydra em (Diário de Guerra: Blitz).

Para não falar dos maiores criminosos das listas de procurados de todas as agências do Mundo terem "desaparecido".
Steve Rogers não compreende como é que Frank se associou ao Tentáculo, uma organização criminosa a actuar no Universo Marvel.

Por fim, na última página temos todos os intervenientes e alguns pesos pesados que se vão juntar na Guerra contra o Punho da Besta.


Cavaleiro da Lua, Wolverine, Viúva Negra, Capitão América e Doutor Estranho, unem forças para deter o Frank Castle no último assalto desta saga que se encontra a três números de terminar. Todos os intervenientes com excepção de Doutor Estranho, tiveram algumas histórias em comum com o Justiceiro. Tendo em conta o nível de poder do Justiceiro, parece me que o único que pode ombrear com o Frank ser apenas o Doutor Estranho. 
Esta pode não ser a equipa principal dos Vingadores, mas sem dúvida que a maioria já foi um Vingador alguma vez na sua carreira.

Veremos como vai ser o número 10, que apenas sai em Março, em fevereiro teremos o último Diário de Guerra.


sábado, 21 de janeiro de 2023

[Análise] JUSTICEIRO Vol.13 #9

 




O ponto de viragem começou. Não sendo o tipo de história que seja o ponto alto do Justiceiro, este número 9 "apimentou" um pouco mais o que estava demasiado sem sabor. A luta que vem sendo anunciada chegou e finalmente tivemos o Justiceiro contra Ares, o Deus da Guerra.



Jason Aaron finalmente mostrou aos leitores tudo o que preparou desde a primeira edição. O grande enfâse deste número foi a luta de Ares contra Frank. Desta vez, Frank estava mais do que pronto, com praticamente todos os poderes da Besta despertos. A luta de Frank contra Ares foi intensa e com muita acção, explosões e sangue. Os fãs puristas do Justiceiro não irão achar piada ao facto de Frank voar e deter super-força, mas este é o seu novo status-quo no Universo Marvel. 

Neste número também tivemos outra revelação, já anteriormente anunciada. O Tentáculo já observava Frank e a sua família antes de ter sido eliminada no Central Park, onde houve a sugestão de provocar a morte da familia de Frank para poderem antecipar o nascimento do Justiceiro, mas a Arquisacerdotiza não permitiu.
Os feitos do Punho da Besta (Frank) pelo Mundo fora, eliminando os piores criminosos através do Tentáculo, não passaram despercebidos pelos heróis Marvel. Os mesmos vão tentar deter Frank nas próximas edições.




Arte

Mais uma vez, Jesús Saiz esteve mais uma vez à altura deste número. Mostrou-nos uma sequência notável da luta do Frank contra Ares. 
Paul Azaceta, com menos destaque nesta edição mas também muito bem com o que nos mostrou através dos flashbacks de Maria e todos os paineis referentes ao Tentáculo.


Opinião Final

Sem dúvida que depois de 9 edições haver uma que realmente entretém é fraco. Não mudo a opinião desta saga, nem tão pouco um número dá para salvar uma saga inteira. Contudo, entreteu. Sou um fã do Justiceiro que facilmente se adapta a situações mais sobrenaturais. Consigo ler o Justiceiro "Angelical" e o Franken-Castle sem problemas. Não considero a leitura ideal do Justiceiro, mas consigo tirar algum proveito da leitura. Esta saga e depois deste número, penso que finalmente chegou a esse estado. Consegui ler, tirar proveito e ficar parcialmente com o desfecho da luta contra Ares e expectante por ver o que os heróis Marvel irão fazer para parar o "Punho da Besta".

Pontuação 8/10

Próximo número
Punisher War Journal #1: Base (8/2)