domingo, 26 de junho de 2022

[Análise] Justiceiro Diário de Guerra: Blitz (2022)

 


Já se passaram cerca de 16 anos desde o último titulo "Diário de Guerra" com o Justiceiro. Desta vez, não será uma série limitada, mas sim, três números com histórias isoladas, mas relacionadas com este novo Justiceiro, líder do Tentáculo.

História:

O Monge do Ódio ( Hate-Monger) tem sido um adversário com algumas presenças nas histórias do Justiceiro. Não sendo a mesma pessoa, o manto do personagem tem um legado. Curiosamente, no último Diário de Guerra, há 16 anos atrás, Frank enfrentou o terceiro Monge do Ódio.
Nesta história, Frank lidera uma missão juntamente com o Tentáculo com o objectivo de destruir as operações de tráfico de armas do Monge do Ódio.


Torunn Grønbekk
, conta-nos uma história onde Frank já tinha encontrado este Monge do Ódio, iremos ter esta história em desenvolvimento com os eventos do passado e presente.
De uma forma geral, foi uma boa história, com bastante acção e com o mais do que aguardado monólogo interno de Frank. Nesses flashbacks onde vemos Frank no passado, Torunn ainda desenvolve um pouco do lado humano de Castle. O Monge do Ódio foi um excelente vilão, não representado uma ameaça significativa para Frank, ele realmente dificultou o Justiceiro matando muito dos seus homens enquanto ele desmantelava as operações. 



Nem tudo são "rosas"....

Agora vamos falar do que não correu bem. A Marvel parece empenhada a afastar o Justiceiro de armas. Nesta história isso ficou bem claro, já não se trata apenas de uma opção de um escritor.
Quando vemos Frank debaixo de fogo pesado a solução táctica seria ripostar com fogo pesado, mas não aconteceu, tanto nas sequências de acção do presente como do passado, Frank não usa alguma arma de fogo. Frank ficou reduzido a lâminas, sejam facas ou espadas. É realmente uma pena que tomem esta decisão que nada tem a ver com o Justiceiro.
Outra situação foi a caveira, durante os flashbacks que se passam 10 anos antes do eventos actuais, vemos o Justiceiro com a caveira escondida pelo casaco, em momento algum até a conclusão do flashback que dura por muitos painéis, o Justiceiro não mostra a caveira. Nem depois da aparente conclusão do flashback.

A arte de Lan Medina deixou um pouco a desejar, não esteve a altura da qualidade da história. Faltou detalhe na sua arte. Muito àquem do trabalho desenvolvido durante a saga MAX do Justiceiro no arco "Widowmaker".



Conclusão

Como referi em cima, foi uma história agradável de ler, até ao momento não me parece exagerado afirmar que foi a melhor história deste novo Justiceiro desde que começou a saga. Contudo, os problemas de uso abusivo da espada deitou tudo a perder, porque não há justificação possível para restringir o Justiceiro apenas a armas de corte. Não há explicação para já, mas espero haja.

Este Justiceiro ainda não convence, e está cada vez mais dificil convencer. 


                            Avaliação: 7 / 10

Punisher #4 dia 13 de Julho nos EUA





Torunn Grønbekk

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Análise: Punisher / Justiceiro Vol. 13 #3

 



A nova edição saiu na semana passada e focou-se principalmente na primeira morte de Frank.
A história começa com uma grande batalha da Hydra contra o Tentáculo, onde vemos o Frank a massacrar literalmente o inimigo liderando o Tentáculo. 




Mas o grande foco desta história gira em torno da primeira morte de Frank Castle. Jason Aaron claramente tirou algumas notas do trabalho de Garth Ennis na história "The Tyger" da saga MAX. Deixo um pequeno resumo do que se passou na história de Garth Ennis. 

Punisher MAX: Tyger por Garth Ennis


Frank perante toda a injustiça em seu redor, e ao ver a sua melhor amiga suicidar-se devido aos abusos de Vincent Rosa (filho de um alto mafioso de Brooklyn), o jovem Frank estava pronto para tirar a vida ao Vincent, não tendo completado a missão, porque o irmão da jovem amiga de Frank (Sal Buvoli), matou o jovem mafioso, com Frank a assistir a tudo. 

Este foi o primeiro contato de Frank com a justiça feita pelas próprias mãos.


Pelas mãos de um fuzileiro naval.









Em Justiceiro #3, Jason Aaron tornou o jovem Frank mais eficaz em relação à versão MAX. Tendo assistido a toda a violência de um brutal espancamento na rua e niguém impedir, não conseguiu ultrapassar tamanha injustiça, Frank tomou as medidas que achou correctas, tendo feito planos para deter este assassino.


Depois de todo o preparo, Frank detém este assassino de uma forma muito similar à forma como Sal Buvoli em Tyger executou o responsável pela morte da irmã. Pelo fogo.



Após a apresentação deste flashback, vemos pela primeira alguma divergência entre os interesses reais do Tentáculo e Frank. Claramente, Frank quer utilizar todos os recursos do Tentáculo para fazer a sua guerra em outro nível, algo em escala maior do que se fizesse de forma solitária. O Tentáculo por sua vez quer mais do Frank, quer que assuma a posição de Punho da Besta e não tanto para a sua guerra pessoal.


 Outra questão que não é menor, e Frank tem de lidar, é o facto de Maria ter de continuar a ser sedada pelo Tentáculo para manter a lúcidez, até agora completamente ignorante ao facto de ter morrido e ter sido ressuscitada.

Opinião final

Jason Aaron melhorou o ponto de vista do jovem Frank da forma como executou a sua primeira morte, não sendo fã deste tipo de abordagem, prefiro sempre a abordagem do Justiceiro/ Punisher ter sido um produto da casualidade e não de ter sido predestinado a sê-lo desde tenra idade. O que Jason Aaron quer mostrar é que Justiceiro esteve sempre em Frank Castle. Não foi a guerra, não foi o facto de perder a família, mas sim o destino.
Ainda não consigo dizer que estou a gostar desta saga, tudo ainda é muito "nublado" e incerto, provavelmente induzido por Jason Aaron. Mas esta número foi claramente melhor que o anterior.

A arte desta história tem sido brilhante nas mãos de Jesús Saiz e os flashbacks por Paul Azaceta, não sendo grande fã da sua arte, neste número esteve muito bem. A paleta de cores foi muito bem distribuída e visualmente agradável por Dave Stewart. 



Avaliação: 7 / 10

Próxima edição, o regresso do Diário de Guerra #1, que será basicamente a prequela desta saga de Jason Aaron. A primeira missão de Frank liderando o Tentáculo para deter o Monge do Ódio / Hate Monger. Esta edição será lançada dia 22 de Junho.

Arte por Mahmud Asrar

 


 

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Notícias: Marvel Knights Justiceiro Vol.1




Boas notícias vieram da Panini Comics no mês passado, a saga de Marvel Knights do Justiceiro Vol.1 de Garth Ennis irá ser lançada em capa dura com cerca de 456 páginas e três volumes.
Não será um Omnibus, mas será uma colecção bem "gorda" para todos os fãs do Justiceiro de Garth Ennis pelo selo de Marvel Knights.

A data de lançamento do volume um está prevista para 30/06/2022.




Sinopse: 

Os aclamados criadores Garth Ennis e Steve Dillon (de Preacher) revigoram um dos personagens mais populares da Marvel, tornando-o um exército de um homem pronto para eliminar qualquer um em seu caminho. E Frank Castle começa com Ma Gnucci e toda a sua família criminosa! E a guerra de Frank contra o crime continua quando ele define como alvo o general Kreigkopf, e tem uma parceria pra lá de única com o Homem-Aranha! Além disso, na primeira história do Justiceiro de Ennis, veja como Frank Castle libera sua fúria contra todo o Universo Marvel!

Este volume coleciona: Punisher (2000) 1-12; Punisher (2001) 1-5; Punisher Kills The Marvel Universe (1995)







quarta-feira, 4 de maio de 2022

Análise: PUNISHER / JUSTICEIRO Vol.13 #2 (Spoilers)

 


Jason Aaron já habituou os leitores que normalmente quando trabalha num título, dá o seu cunho pessoal às histórias dos personagens. Este número 2 do Justiceiro não foge à regra como aconteceu na saga MAX (onde revelou que Frank se iria divorciar de Maria no dia do massacre no Central Park).

No número 2, Aaron revela-nos que o que transformou o Frank em Justiceiro, não foram os eventos na guerra ou por ter perdido a familia, Frank sempre foi o Justiceiro.
Durante as primeiras páginas vemos Frank numa sessão de terapia com 12 anos, onde o terapeuta questiona o seu comportamento. Vemos imagens de várias caveiras desenhadas e livros sobre decapitações. Claramente, Jason Aaron a caracterizar Frank como uma criança desajustada e com um grau elevado de psicopatia.
Através dos monólogos da arquissacerdotisa, sabemos que Frank levava animais atropelados para casa e que já era um assassino.



Outra situação igualmente "macabra" é o facto de Maria não ter noção que esteve morta nem que perdeu os seus filhos no Central Park. Ela sente que esteve adormecida por muito tempo, mas não relaciona com a morte. Questionando Frank pelos filhos, ele decide que estão quase a chegar. Frank decide por mantê-la na ignorância.



O que esta história revela é que Frank, sempre esteve destinado a ser o Justiceiro. E sempre seguido de perto pelo Tentáculo, que desde a sua adolescência vem acompanhando o seu comportamento e desenvolvimento como o futuro "Punho da Besta". Na minha opinião pessoal, acredito que o Tentáculo esteve envolvido em todos os momentos importantes da vida de Frank e acredito que Jason Aaron tente levar a história por esse caminho.

Este segundo número baseou-se menos na acção e mais no rumo de Frank Castle como o alto caçador, o "Punho da besta". Também tivemos uma revelação, o despertar de um dos poderes do "Punho da besta" através de Frank Castle. 


Frank começa a despertar poderes ocultos, através da sua ligação com a Besta, um dos poderes que se manifestou foi "os olhos da besta", com estes poderes ele consegue ver os pecados cometidos pela sua vítima, e os que ainda não cometeu. 

Um novo vilão é revelado, um ex-Vingador... 




...ARES!


Aparentemente Ares está por trás do tráfico de armamento "especial" distribuido pelos Apóstolos (lacaios de Ares), que Frank dizimou no número 1. E Frank ao ter recusado tréguas, irá ter Ares como seu oponente. 

Opinião

Para mim não foi o Frank mudar de caveira ou deixar as armas de fogo que me fizeram perder a esperança nesta saga. Foi mesmo este "retcon" que Aaron começou a modificar desde a infância do jovem Frank. O facto de ele já ser um assassino e de ter um comportamento de um típico psicopata não bate certo com o Frank com o qual cresci nos anos 80/90.
Teremos que arranjar explicação para tudo? Terá o Frank que ser uma criança desajustada da sociedade para se explicar o porque de ser o Justiceiro?
E porque não ser uma criança típica normal, que tem um crescimento saúdavel com uma educação tradicional, fazer carreira militar e após perder a família sentir-se culpado por não os ter protegido e a lei não ter ajudado a julgar os culpados? É difícil acreditar que isto poderia transformar Castle no Justiceiro? Acho que não.
A arte por Jesús Saiz é fantástica complementada pelas cores de Dave Stewart, fazem o par perfeito para esta história. A arte de Paul Azaceta para os "flashbacks" é interessante, e proporcionou um olhar diferente para o passado de Frank. 

Avaliação: 5 / 10

Próximo número a ser lançado a 25 de Maio...



















terça-feira, 22 de março de 2022

Notícias: Diário de Guerra Regressa!

 


O famoso Diário de Guerra do Justiceiro regressa em Junho (dia 1) com a primeira história de três para serem lançadas ao mesmo tempo que a nova saga escrita por Jason Aaron.

Em Junho não haverá lançamento da saga principal, Aaron explicou que devido ao ser uma história especialmente grande em número de páginas por número, estes lançamentos vão dar tempo ao artista para terminar a sua arte da saga principal. Portanto em Junho, apenas teremos o "Punisher: War Journal: Blitz #1" ( Justiceiro: Diário de Guerra: Blitz #1).


Capa Principal: Mahmud Asrar
Capa Variante: Jeff Dekal


Capa Variante: Todd Nauck


 

O TRUQUE É INVENTAR UMA GUERRA QUE VALHA A PENA COMBATER.

- Finn Fratz sabe que, se se quiser que as pessoas se odeiem umas às outras, um canhão Banner no par de mãos certo percorre um longo caminho. O velho aproveitador da guerra ganhou o seu lugar na lista de morte do Justiceiro muito antes de adoptar a alcunha de Hate-Monger, mas provou ser um homem esquivo.

- Agora, com o Tentáculo à sua disposição, Frank Castle está pronto para o extinguir. Mas não só Hate-Monger foi à terra, como está a ripostar. Ainda bem para ele. Não vai mudar nada a não ser o número de mortos.

- Torunn Grønbekk e Lan Medina unem forças para trazer-lhe o primeiro de três emocionantes histórias entre as páginas de PUNISHER, explorando o novo modus operandi de Frank através de algumas das suas missões mais mortíferas até agora...

40 PGS./ONE-SHOT/Parental Advisory ...$4,99


Posso também adiantar que as outras duas histórias serão a destruição de uma célula terrorista da Hydra em Barcelona e o ataque a um senhor de guerra Anti-Wakanda.